após o veto

Conselho do Sesi defende debate sobre desoneração da folha de pagamento

Para Vagner Freitas, presidente do Conselho Nacional da entidade, a medida deveria ser melhor discutida antes de uma possível implementação

Após ser discutida e aprovada pela imensa maioria dos parlamentares no Congresso Nacional, a medida que prorrogaria a desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última quinta-feira (23/11). Para o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Vagner Freitas, a isenção da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) — que foi introduzida ainda em 2011, no governo de Dilma Rousseff (PT) —, poderia gerar desequilíbrio entre os setores empresariais.

“(A discussão) Não é se é bom ou se é ruim. Depende do ‘para quê’ vai se fazer. Depende de qual setor da economia vai ser incentivado a ter maior produção. Vai ter um setor que vai produzir mais, ou menos. E eu acho que é muito ruim que você tenha os salários dos trabalhadores defasados, ou que tenha demissão, porque isso só atrapalha no serviço geral, no produto final”, defendeu Vagner durante a edição desta terça-feira (28/11) do CB.Poder — programa realizado pelo Correio em parceria com a TV Brasília.

O presidente do Conselho Nacional do Sesi afirmou, ainda, que não sabe o motivo que levou o presidente Lula a vetar a prorrogação, mas acredita que ele decidiu barrar a medida para que houvesse uma melhor discussão entre outros setores.

Também destacou que aprova a posição da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que, em vez de se posicionar contra ou a favor, defendeu uma ampliação do debate sobre a medida. “Eu não consigo ver esse maniqueísmo de ‘é bom ou é ruim’. Depende da estratégia que o governo tenha para desenvolvimento em determinadas áreas, para que você possa ser competitivo e, obviamente, prestar serviço para a sociedade. Então, eu não sou contra a desoneração”, acrescentou.

Governo Lula 3

Vagner elogiou, no programa, a postura do governo federal em relação aos trabalhadores no primeiro ano do terceiro mandato do presidente Lula. Segundo ele, há uma preocupação da atual gestão em qualificar a mão de obra, para garantir uma valorização do produto agregado na ponta.

“O trabalho é um ativo importante para o desenvolvimento econômico. Se você tem um trabalhador capacitado, você precisa ter um cidadão com uma educação que funciona, a economia do país cresce. Porque em relação à questão da mão de obra qualificada, acho que hoje qualquer empresário moderno sabe que isso é um fator competitivo extremamente importante”, destacou.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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