Microfinanças

Terceiro governo Lula será para os empreendedores, diz ministro Márcio França

O ministro participou nesta quarta-feira, em Brasília, de seminário internacional sobre microfinanças promovido pela Abcred e Sebrae

O 3º Seminário Internacional de Microfinanças, realizado nesta quarta-feira (22/11), em Brasília, reuniu as principais lideranças do setor no Brasil e América Latina. Durante a abertura, Isabel Baggio, presidente da Associação Brasileira de Entidades Operadoras de Microcrédito e Microfinanças (Abcred), comentou sobre a importância de ter olhar atento às necessidades dos brasileiros ‘invisíveis’, e para os desafios que são obstáculo à expansão das microfinanças. O evento foi promovido pela Abcred e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

O ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, garantiu que as microfinanças são uma prioridade do terceiro mandato de Luís Inácio Lula da Silva (PT) e que trabalha por um novo marco regulatório para o setor.

"Temos que aproveitar esse instante em que o presidente criou esse ministério e me chamou para ocupar a posição. Esse é um assunto deste governo. O terceiro governo de Lula é voltado para os empreendedores", declarou o ministro. Ele afirma ainda que há um entendimento por parte do governo federal de que o empreendedorismo é o "futuro da economia brasileira".

Márcio França recordou a importância da modalidade há quase 30 anos no Brasil e declarou que impulsionar os microempreendedores é uma bandeira do presidente Lula. Segundo ele, no Brasil há 17 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI), 20 milhões de Nano Empreendedores, sem regulação legal, e mais de 5 milhões de pequenas empresas.

Segundo o ministro, as instituições de microcrédito e microfinanças são as que mais alcançam os brasileiros que realmente precisam de crédito, já que "uma pessoa simples, de uma comunidade, tem constrangimento de entrar em uma agência bancária".

O senador Esperidião Amin (Progressistas-SC), presidente da Frente Parlamentar do Microcrédito e das Microfinanças no Senado Federal, ressaltou a importância de criar políticas públicas para as microfinanças e também garantir funding para as instituições. "Não se pode falar em microfinanças sem política pública", disse.

Estiveram presentes também na abertura do seminário o gerente nacional da Caixa Econômica Federal, Tiago Marquetto, a vice-presidente de negócios e varejo da Caixa Econômica Federal, Maria Cristina Fará, e a oficial de investimentos em instituições financeiras do Bid Invest, Marcia Groszmann.

Invisíveis

"Há milhões e milhões de brasileiros invisíveis esperando que alguém os enxergue. Precisamos ter um arcabouço adequado, com ambiente adequado, que nos traga mais funding (recursos financeiros), segurança jurídica, mais capacidade de atendimento. Tudo isso precisa estar junto para que nós possamos avançar e aprender com as lições que tivemos", destacou Isabel, reiterando que há experiências nos países da América do Sul que podem inspirar o Brasil a expandir a modalidade de crédito.

O gerente adjunto da Unidade de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Weniston Ricardo, reforçou a fala da presidente da Abcred. "Precisamos aumentar a capilaridade, fazer chegar o microcrédito a cada vez mais empreendedores, diversificar fontes de financiamento e reduzir taxas", afirmou.

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