A Petrobras registrou lucro líquido recorrente de R$ 26,6 bilhões no terceiro trimestre, uma queda de 42,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com balanço, divulgado pela companhia na noite desta quinta-feira (9/11), na comparação com o segundo trimestre deste ano, a queda é de 7,5%.
Em nota, a estatal atribui a queda em relação ao trimestre anterior a uma desvalorização do real frente ao dólar. Já na comparação anual, “o resultado é justificado pela queda do Brent e também pela redução das margens dos derivados no mercado internacional”.
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O Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional da companhia, cresceu 17% no período em comparação com o segundo trimestre de 2023, alcançando a sexta melhor marca trimestral da história da Petrobras. A alta foi atribuída a valorização de 11% do preço do petróleo (Brent), maiores exportações de petróleo e vendas de derivados no mercado interno e menores importações de Gás Natural Liquefeito (GNL).
“Os números do ano passado refletiram um cenário atípico de preço alto de Brent que levaram a resultados financeiros recordes para as companhias de petróleo”, destacou a companhia.
Na comparação com os nove primeiros meses de 2022, a Petrobras sofreu menor perda de fluxo de caixa operacional e livre, na comparação com empresas pares. Enquanto as demais empresas tiveram queda média de 28% em fluxo de caixa operacional, e de 43% em fluxo de caixa livre, a Petrobras registrou queda de 14% e 25%, respectivamente, no período.
Dividendos
A petroleira anunciou que fará a distribuição de R$ 17,5 bilhões aos acionistas na forma de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). O pagamento da primeira parcela será feito em 20 de fevereiro de 2024 e o da segunda em 20 de março.
Esse é o segundo anúncio de pagamento a acionistas após a mudança da política de dividendos da companhia, que agora tem previsão de proventos na ordem de 45% do fluxo de caixa livre. Antes, o porcentual era de 60%.
O balanço apontou ainda que a companhia encerrou o 3º trimestre com uma dívida bruta de aproximadamente US$ 61 bilhões, 5% acima do trimestre anterior. “O nível de dívida da empresa segue como planejamos. Estávamos no piso da nossa faixa de referência justamente porque tínhamos a expectativa de início da operação de alguns FPSOs afretados, como o Anita Garibaldi, que já está produzindo na Bacia de Campos e contribuindo para o aumento de produção da Petrobras”, explicou Caetano Leite, diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.
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