O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, nesta terça-feira (7/11), que seu conselho executivo endossou a proposta de aumentar em 50% as cotas de contribuição dos países-membros para a organização.
As cotas dependem do tamanho da economia de um país e determinam o montante de financiamento que uma nação deve fornecer, o poder de voto e o valor máximo de empréstimos que pode obter.
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O aumento proposto "aumentaria os recursos permanentes do FMI", ao mesmo tempo que reduziria sua dependência do endividamento para financiar empréstimos, disse o fundo em um comunicado.
A proposta ainda precisa ser validada até 15 de dezembro pelo conselho de governadores, que costumam ser ministros das Finanças ou outras autoridades econômicas dos países membros da instituição.
"O aumento de cotas proposto chega em um momento complexo para a economia global e para os membros do FMI", afirmou a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva.
"Um FMI com recursos adequados é essencial para salvaguardar a estabilidade financeira global e responder às necessidades potenciais de seus membros em um mundo incerto e propenso a crises", acrescentou em nota.
O aumento das cotas é uma questão polêmica porque envolve o poder de voto de cada Estado-membro, de modo que as economias avançadas têm mais poder do que os países emergentes ou em desenvolvimento e também podem acessar mais fundos, apesar de precisarem menos.
Vários países emergentes e em desenvolvimento pleiteiam a redistribuição das cotas para terem mais capacidade de financiamento.
Segundo o FMI, o conselho pediu esforços para desenvolver, até junho de 2025, opções para orientar um "realinhamento maior das cotas".
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