O governo federal lançou, nesta quarta-feira (22/11), a 1ª Seleção de Propostas para o Minha Casa Minha Vida. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governo anunciou que vai iniciar a construção de mais de 187,5 mil unidades habitacionais para a chamada Faixa 1 do programa, ou seja, para famílias com renda até dois salários mínimos (R$ 2.640,00).
Ao todo, serão mais de 1.200 novos empreendimentos, divididos em 560 municípios. O governo estima que a construção movimentará cerca de 500 mil empregos, diretos e indiretos. A seleção foi feita com base em propostas enviadas por estados, municípios e construtoras. Segundo o ministro das Cidades, Jader Filho, as sugestões somaram mais de 900 mil unidades.
- Lula assume o comando do G20 com foco no clima e na desigualdade
- Entenda como vai funcionar o novo programa Minha Casa, Minha Vida
- Ministro Jader Filho diz que mudança no FGTS pode impactar famílias de baixa renda
"Esta é só a primeira seleção. Ainda teremos as de 2024, 2025 e 2026", discursou Jader. "Não tenho a menor dúvida em afirmar que esse é o maior programa habitacional da história. Não só do Brasil, mas um dos maiores programas habitacionais do mundo. A nossa meta até 2026 é a contratação de mais 2 milhões de unidades habitacionais, e aqui vou afirmar meu otimismo que nós vamos superar a meta que o senhor determinou", acrescentou ainda o ministro, dirigindo-se a Lula.
Segundo o chefe da pasta, o governo já entregou neste ano 21 mil casas construídas com recursos da União, e retomou 35 mil obras que estavam paradas no governo passado. Ele destacou ainda os novos critérios para moradias do programa, que consideram a localização, a qualidade da infraestrutura, e a presença de espaço para biblioteca nos condomínios e varandas nas unidades. Além disso, Jader anunciou que o governo abrirá uma seleção exclusiva de projetos para municípios com menos de 50 mil habitantes.
Em paralelo com o anúncio da seleção, Jader assinou acordo de cooperação com a Academia Brasileira de Letras (ABL) para construir um acervo de livros doados pela academia para as bibliotecas do programa Minha Casa Minha Vida. O ministro também anunciou o Prêmio Minha Casa Minha Vida, que celebrará os empreendimentos mais inovadores, sustentáveis e de maior qualidade do programa.
Lula quer classe média no Minha Casa Minha Vida
O presidente Lula, por sua vez, destacou a importância da cooperação com parlamentares e com os governos estaduais para o andamento dos programas sociais. Ele citou que, quando criou o Minha Casa Minha Vida, havia um déficit habitacional no Brasil de 7 milhões de casas, que ainda não foi sanado. O programa já entregou, desde sua criação, 6 milhões de unidades.
"Esse programa provou que, quando a gente quer, as coisas acontecem. Você tem gente que quer casa, oportunidade de ter dinheiro, empresários que sabem fazer. O maior sonho do povo pobre nesse país é ter uma casa própria", afirmou. Lula reforçou ainda que quer a inclusão da "Faixa 4" no programa, que atenda a classe média, com renda mensal de R$ 8 mil a R$ 10 mil. Jader, por sua vez, disse que a pasta está estudando a possibilidade "com carinho".
Também participaram da solenidade o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente da Caixa Econômica Federal, Carlos Vieira, além de governadores e parlamentares.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br