A Americanas anunciou, nesta sexta-feira (17/11), que pediu à Justiça a convocação de uma assembleia geral de credores para o dia 19 de dezembro, para a votação do Plano de Recuperação Judicial da empresa. A data refere-se à convocação em primeira chamada, com uma segunda chamada em 22 de janeiro.
No pedido, a companhia informou ter R$ 43 bilhões em dívidas junto a 16,2 mil credores. Os principais acionistas, do grupo 3G, formado por Carlos Alberto Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, se comprometeram a fazer um aporte de R$ 12 bilhões para a reestruturação da varejista.
- Americanas tem prejuízo de R$ 12,9 bi em 2022 e revisa lucro de 2021
- Americanas volta a acusar ex-CEO por fraude e diz ter provas contra ele
- Em CPI, ex-diretor diz que não cuidava da área financeira da Americanas
Após a divulgação de seu balanço, as ações da companhia começaram a subir, encerrando o pregão de ontem (16) com alta de 6,25%, vendidas a R$ 0,85, mas acumulando perda de 91,2% no ano. A companhia comunicou seu novo plano de negócios até 2025, com a expectativa de atingir mais de R$ 1,5 bilhão (já com desconto de aluguéis) em geração de caixa no ano em questão.
Para a analista de varejo da Levante Corp, Caroline Sanchez, o balanço foi lido como positivo pelo mercado, no sentido de que a varejista estaria próxima de uma negociação com credores.
“Deve avançar, agora, com os resultados auditados e revisados divulgados. Acho que o mercado vai digerir aos poucos todas as informações que foram divulgadas, tanto os releases quanto o que foi falado pela companhia na teleconferência. Acho que o guidance passado pela empresa é muito agressivo para 2025 e leva a acreditar que a empresa enxugue suas operações para tentar otimizar as operações”, avaliou Sanchez.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br