Com o objetivo de fortalecer a indústria nacional, o governo federal, em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), lançou nesta quinta-feira (16/11) o programa Novo Brasil Mais Produtivo. A iniciativa conta com a criação de uma plataforma virtual com acesso a materiais, cursos e ferramentas sobre produtividade e transformação digital para, segundo o governo, promover o aprendizado e a aplicação contínua do novo ambiente digital por parte das empresas.
A elaboração dos materiais foi desenvolvida em conjunto com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ao todo, serão destinados R$ 2,037 bilhões ao programa.
Além dos conteúdos, as empresas que participarem do programa vão aprender sobre planejamento de gestão e adoção de melhores práticas de produtividade e digitalização da gestão do negócio. Também aprenderão sobre realização de consultorias lean manufacturing (manufatura enxuta) e eficiência energética, combinadas com o aperfeiçoamento da força de trabalho e requalificação, além de transformação digital e projetos smart factories (fábricas inteligentes).
“Nós sabemos o quanto é difícil chegar no dia-a-dia de uma pequena empresa, ou até de uma média, onde a maior parte dos empresários dessa empresa são bombeiros, ou seja, passam o dia por demandas que são problemáticas, passam o dia resolvendo os problemas, muitas vezes, não se dão o direito de planejar estrategicamente, não se dão o direito de pensar o quanto o aumento de produtividade pode permitir a eles serem competitivos e aproveitarem novas oportunidades”, acredita o presidente da CNI, Ricardo Alban.
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Quatro modalidades
O programa — que será concluído em 2027 — conta, ao todo, com quatro fases: Plataforma de produtividade, Diagnóstico e melhoria de gestão, Otimização de processos industriais e Transformação Digital. Na primeira fase, que já começa agora, serão beneficiadas mais de 200 mil empresas com os conteúdos oferecidos pelo programa.
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, ressaltou que há um atraso no maquinário industrial que, segundo o chefe da pasta, a média de idade das máquinas utilizadas no parque industrial brasileiro é de 11 anos.
“No primeiro ano você reduz Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), para renovar as máquinas, para buscar eficiência e produtividade. Então o governo perde no fluxo, porque ele perde no primeiro ano. Mas depois ele recompõe nos anos subsequentes. Essa é uma medida importante que vai fazer a diferença”, destacou.
Já para o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França, há uma distinção entre aqueles que empreendem por vocação e por necessidade. Segundo ele, falta entendimento e financiamento para ambos os tipos de empreendedores, o que deve ser suprido, em parte, pelo programa.
“Essa distinção entre uns e outros é uma distinção importante, porque os que fazem por necessidade, em determinado momento, se houver a chance de um emprego que seja bem remunerado eles voltam para a atividade do emprego. Já aqueles que têm no empreendedorismo a vontade já habituada, eles vão insistir. E nem sempre essa insistência vem acoplada de apoio e, em especial, de financiamento”, comentou França.
*Estagiário sob a supervisão de Ronayre Nunes
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