WEB SUMMIT

Empresas brasileiras buscam inovação para a saúde e a educação e novos mercados

Número de companhias e startups é recorde em uma das maiores feiras de tecnologia do mundo. Somente a Apex tem R$ 1 bilhão para apoio à digitalização e à ampliação das exportações

Jorge Viana, presidente da Apex -  (crédito: Vicente Nunes)
Jorge Viana, presidente da Apex - (crédito: Vicente Nunes)
postado em 14/11/2023 17:08

Lisboa — A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) aportou na Web Summit, uma das maiores feiras de tecnologia do planeta, com um número recorde de empresas a tiracolo. São 83 startups e 120 firmas que estão de olho na Europa e veem Portugal como principal porta de entrada para seus produtos. Segundo o presidente da agência, Jorge Viana, o Brasil precisa mergulhar de vez nesse mundo da inovação, que terá papel fundamental na solução de problemas de setores estratégicos como a saúde, a educação, o agronegócio, os serviços e mesmo o governo. “Isso é o presente e o futuro. O Brasil tem talentos para ser referência na inovação. Queremos usar a inteligência artificial a nosso favor”, disse.

Na avaliação da Viana, o que foi feito até agora pela Apex merece todos os aplausos, mas é fundamental que, a partir de agora, a inovação seja o carro-chefe de seus programas de apoio. No total, a agência dispõe de um orçamento de R$ 1 bilhão para este ano, dos quais R$ 700 milhões provenientes de acordos com entidades empresariais. Ele ressaltou que há um interesse enorme pelo Brasil em todos os segmentos da economia. Tanto que, neste ano, o país já figura como o segundo destino dos investimentos estrangeiros no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. O ingresso de recursos, somente no primeiro semestre, passou de US$ 30 bilhões. “Temos de aproveitar as oportunidades, priorizando a tecnologia, a inovação”, frisou.

Durante a inauguração do Pavilhão Brasil na Web Summit, o presidente da Apex e o presidente do Sebrae, Décio Lima, anunciaram que o governo brasileiro lançará um ambicioso plano de promoção de exportações, resultado do maior convênio já assinado entre as duas entidades. Para Lima, sozinho não se faz nada e as parcerias com a Apex são fundamentais. “O Congresso Nacional, sozinho, não faz nada. O mundo de negócios sem apoio oficial também não fará muita coisa e a academia é absolutamente necessária. A maior beneficiada por todas as inovações que estão sendo criadas é a sociedade civil. Nós somos os indutores”, assinalou.

Segundo Vianna, um dos elos da parceria será o Exporta Amazônia, para dar maior competitividade a produtos daquela região. Outro será a promoção das exportações. “O Sebrae é especialista em criar empresas, startups. Já a Apex, é especialista em apoiar empresas no processo de internacionalização”, destacou. Na opinião de Lima, é preciso qualificar os empreendedores, dar condições para a juventude produzir e alavancar a economia. “A economia atual está cada vez mais integrada e globalizada, com uma nova ordem social do mundo. E o Brasil terá papel relevante nesse contexto”, completou.

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