dívidas

Endividamento cai ao menor nível desde início de 2022, revela CNC

Condições de consumo mais favoráveis e juros em queda ampliam poder aquisitivo da população, explica economista

Com nova queda registrada, o nível de pessoas endividadas no país regrediu ao menor patamar desde fevereiro de 2022 -  (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Com nova queda registrada, o nível de pessoas endividadas no país regrediu ao menor patamar desde fevereiro de 2022 - (crédito: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
postado em 07/11/2023 15:35 / atualizado em 07/11/2023 15:36

Pelo quarto mês seguido, o número de brasileiros com dívidas a pagar diminuiu. De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), levantada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), houve uma queda de 0,5% na quantidade de brasileiros acima de 18 anos com dívidas a pagar, em outubro. Ao todo, 76,9% da população adulta estava inadimplente.

“No cenário econômico em evolução, o controle da inflação e o mercado de trabalho favorável têm melhorado a renda das famílias brasileiras, levando menos consumidores a buscar o crédito. No entanto, a gestão eficaz das dívidas e a redução da inadimplência continuam sendo desafios importantes a serem enfrentados no futuro próximo”, afirma o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Com mais uma queda registrada, o nível de pessoas endividadas no país regrediu ao menor patamar desde fevereiro de 2022. Somente neste ano, a proporção de brasileiros com dívidas caiu 2,3%. O levantamento também revela que, do total de endividados, 18,1% consideram-se “muito endividadas”.

A inadimplência também registrou queda em outubro. No mês passado, 29,7% das pessoas afirmaram que estavam com dívidas em atraso; em setembro, essa proporção era de 30,2%. Entre os que afirmaram não ter condições para pagar as dívidas, o percentual se manteve inalterado na comparação com o mês anterior, em 13%.

“As condições de consumo estão mais favoráveis, com a inflação mais baixa, mercado de trabalho formal absorvendo trabalhadores de menor instrução e juros em processo de queda. Esses fatores estão ajudando a melhorar as condições financeiras dos lares, reduzindo a necessidade de recorrer ao crédito”, explica a economista da CNC, Izis Ferreira.

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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