A produção industrial brasileira registrou alta de 0,1% em setembro na comparação com o mês anterior. Segundo os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (1º/11), a principal influência positiva do resultado desse mês veio da atividade de indústrias extrativas, com alta de 5,6%.
O indicador apresentou alta de 0,6% quando comparado a setembro do ano passado. No entanto, no ano, a indústria acumula perdas de 0,2% e variação nula nos últimos 12 meses. O setor ainda se encontra 1,6% abaixo do patamar pré-pandemia, em fevereiro de 2020, e 18,1% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
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“O resultado de setembro da produção industrial nacional marca o segundo mês seguido de crescimento, mas não altera o comportamento de menor dinamismo que a caracteriza nos últimos meses. Para além disso, no índice desse mês, observa-se predomínio de taxas negativas, alcançando três das quatro grandes categorias econômicas e 20 dos 25 ramos industriais investigados”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.
Entre as atividades, a influência positiva mais importante foi assinalada por indústrias extrativas, após acumular perda de 5,6% no período julho-agosto de 2023. Outras contribuições positivas relevantes sobre o total da indústria vieram de produtos químicos, com alta de 1,5%, e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, que apresentaram variação de 0,5%.
Entre as 20 atividades que apontaram redução na produção, produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-16,7%), máquinas e equipamentos (-7,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,1%) exerceram os principais impactos em setembro de 2023.
“Em linhas gerais, a taxa de juros elevada, mesmo com o movimento de redução verificado nos últimos meses, nos ajuda a entender esse comportamento do setor industrial, com influência direta sobre as decisões de investimento, por parte das empresas, e de consumo, por parte das famílias. Para além disso, explica o crédito ainda caro e as elevadas taxas de inadimplência”, avaliou Macedo.
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