Em discurso de posse como novo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban ressaltou a importância da volta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) para o crescimento do país. Em solenidade na noite desta terça-feira (31/10), o empresário lembrou da crise econômica na qual o Brasil atravessou e apontou como o setor industrial luta para se reinventar nos últimos anos.
"Agradecemos ao presidente Lula pela volta do MDIC; e, mais ainda, pela nomeação do vice-presidente Alckmin como o nosso ministro", disse.
"Depois de anos de declínio, temos uma oportunidade única, talvez a última dessa geração, de revitalizar o nosso setor e entregar ao Brasil tudo que uma indústria forte e dinâmica pode entregar a um país: desenvolvimento econômico e social, com inovação e geração de empregos de mais qualidade", completou Alban.
Na solenidade, o empresário disse que há "uma nova CNI" disposta a abraçar as inovações tecnológicas.
"Esta é a hora de mobilizar o país por uma nova industrialização. E uma nova industrialização pede uma nova CNI. Pede uma nova União e convergência de todos", disse.
"Já está em curso intensa transformação da economia global, particularmente das cadeias de produção. Avanços tecnológicos, a digitalização da indústria 4.0, a nova economia verde e a revisão geopolítica das relações comerciais abrem oportunidades inéditas para a indústria no Brasil. Não podemos desperdiçá-las", completou.
Posse do novo presidente
O empresário Ricardo Alban tomou posse na noite desta terça-feira, em Brasília, como novo presidente da CNI para o quadriênio 2023-2027. Estiveram presentes na solenidade o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB); o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL); e o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).
Também participaram do evento os governadores Jerônimo Rodrigues (Bahia) e Romeu Zema (Minas Gerais), além do prefeito de Salvador, Bruno Reis, integrantes do corpo diplomático, entidades empresariais, ministros do governo Lula e do Judiciário.
Alban foi eleito em 3 de maio deste ano, em votação unânime, na chapa composta por cinco vice-presidentes executivos, um de cada região do país. A nova diretoria assume a gestão da maior representação da indústria brasileira. Presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) desde 2014, o empresário sucede o empresário mineiro Robson Braga de Andrade, que comandava a CNI desde novembro de 2010.
Quem é Ricardo Alban
Ricardo Alban, 63 anos, presidiu a FIEB por 9 anos e foi presidente do Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB) entre 2018 e 2023. Ele é formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal da Bahia e Administração de Empresas pela Escola de Administração de Empresas da Bahia. O novo presidente da CNI trabalhou no Citibank no início dos anos 1980 e, desde 1987, é sócio-diretor da Biscoitos Tupy, tradicional fábrica de alimentos baiana fundada por sua família.
Sob a liderança de Ricardo Alban, a FIEB ganhou envergadura e eficiência, atestadas pelo aumento significativo na prestação de serviços à indústria baiana. A gestão corporativa foi um dos grandes focos de sua administração. A FIEB publica balanços auditados em grandes jornais e órgãos de controles nacionais como CGU e TCU analisam seus editais.
Saiba Mais
-
Economia Ricardo Alban assume como novo presidente da CNI para quadriênio 2023-2027
-
Economia Firjan: 41,9% das cidades brasileiras estão com problemas fiscais
-
Economia Mudança na meta de resultado fiscal será decidida no debate da LDO
-
Economia MPF pede suspensão do concurso da Amazul por não cumprir a Lei de Cotas