Com o preço dos alimentos básicos ficando um pouco mais em conta, as famílias brasileiras têm optado por comer mais em casa. É o que indica a mais recente pesquisa Consumo nos Lares, da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). De acordo com o levantamento divulgado nesta quinta-feira (26/10), o consumo doméstico aumentou em 2,62% no intervalo de janeiro a setembro deste ano, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Ao levar em consideração apenas o mês de setembro, houve um aumento de 0,8% no consumo nos lares, em relação ao mês anterior. Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a alta foi de 1,1%. Para o vice-presidente da associação, Márcio Milan, o consumo deve seguir em ritmo de aceleração até o fim do ano, com uma maior injeção de dinheiro na economia.
“Há de se recordar que foram injetados cerca de R$ 41,2 bilhões na economia com a PEC dos Benefícios no ano anterior, que impulsionou o consumo no segundo semestre. Neste ano, os recursos escalonados e mais previsíveis movimentam a economia e sustentam o consumo no domicílio, assim como as quedas consecutivas nos preços dos alimentos”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
- IPCA-15: prévia da inflação desacelera e fica em 0,21% em outubro
- Confiança do consumidor atinge menor nível desde junho, aponta FGV
- Black Friday 2023: aumentam buscas por Whey, produtos para pets e lazer
O levantamento destacou os principais recursos que foram injetados pelo governo federal no mês passado, a começar pelo programa Bolsa Família, que gerou R$ 14,58 bilhões a mais de recursos apenas em setembro. Além disso, foram destinados mais R$ 2,4 bilhões para pagamentos de Requisições de Pequeno Valor, do INSS; R$ 2 bilhões para o 5º lote de Restituição do Imposto de Renda; e, no fim de agosto, cerca de R$ 7,3 bilhões para o Piso Nacional da Enfermagem.
Cesta de alimentos mais barata
Outro destaque da pesquisa é a diminuição no preço dos alimentos básicos. De acordo com o levantamento, a Cesta Abrasmercado — que abrange o preço médio de 35 produtos nesse perfil — apresentou recuo de 1,72% no mês passado, ante agosto. Em 2023, a queda acumulada já chega a 6,52%. Entre os itens analisados, há alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza.
Os produtos que tiveram as quedas mais expressivas foram feijão, que recuou 7,55% no último mês e já acumula retração de 19,36% ao longo do ano, além de farinha de trigo (-3,25%), óleo de soja (-1,17%) e café torrado e moído (-1,08%). Até o momento, o produto que acumula a maior queda de preço no ano é o óleo de soja, que já retraiu 29,70% nos últimos nove meses.
Na comparação por regiões, a maior queda no preço da cesta foi observada na região Sul, com recuo de 2,19%. Na sequência, aparecem Nordeste (-1,69%), Sudeste (-1,51%), Centro-Oeste (-1,16%) e Norte (-0,71%).
*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro
Saiba Mais
-
Economia Meta registra US$ 11,6 bilhões de lucro líquido
-
Economia Transpetro retifica edital de concurso para vagas de ensino médio
-
Economia Haddad diz que PL dos offshores pode arrecadar mais que o esperado
-
Economia Santa Casa de Lisboa rompe com BRB para evitar novo rombo de R$ 77 mi
-
Economia Confaz anuncia novas alíquotas do ICMS para combustíveis
-
Economia Receita Federal: TRF derruba liminar e concurso é retomado