O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira (19/10) que, ultimamente, temas “totalmente particulares” da autoridade monetária viraram um debate nacional. Ele lembrou comentários em relação à meta de inflação e fez um paralelo com a Copa do Mundo, quando “todo mundo quer ser técnico de futebol”.
“Ficou muito comum nesses últimos tempos temas que são totalmente particulares do BC e totalmente técnicos virarem um debate nacional. É como na época que tem Copa do Mundo, que todo mundo quer ser técnico de futebol, a gente viveu um ambiente em que todo mundo era analista econômico”, ironizou durante evento da Federação Nacional Distribuição Veículos Automotores (Fenabrave).
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Campos Neto voltou a demonstrar preocupação com a questão fiscal e os níveis de endividamento do país, e chamou atenção para o elevado gasto público, afirmando que a falta de equilíbrio fiscal pode “desequilibrar todo o resto”.
“O governo precisa de receita adicional para poder chegar no objetivo, ou seja, precisa de mais arrecadação. A gente está vendo que tem uma série de projetos no Congresso para serem aprovados, e eu estava conversando agora sobre a importância de aprovar esses projetos”, destacou.
Taxa de juros
Ele também demonstrou inquietação sobre a situação econômica dos Estados Unidos. Para o chefe da autoridade monetária brasileira, o grande ponto de atenção na economia global, neste momento, são os EUA. “Agora, quase não se espera mais queda de juros. Grande parte do mercado está esperando uma alta de 0,25 ponto percentual, o que faz com que a taxa de juros americana seja muito alta. A grande pergunta é: quando e como essa taxa de juros lá fora vai começar a cair?”
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