O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu que uma possível vitória de Javier Milei nas eleições argentinas preocupa o governo brasileiro. O candidato de extrema-direita é chamado de "Bolsonaro argentino" e disse, durante a campanha, que pretendia limitar o comércio com o Brasil, que é um de seus maiores parceiros comerciais.
"É natural que eu esteja (preocupado). Uma pessoa que tem como uma bandeira romper com o Brasil, uma relação construída ao longo de séculos, preocupa. É natural isso, preocuparia qualquer um. Porque em geral, nas relações internacionais, você não ideologiza a relação", disse Haddad, em entrevista à Reuters.
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Milei já se referiu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como "comunista raivoso" e "socialista com vocação totalitária" e afirmou que, caso seja eleito, a Argentina "seguiria seu próprio caminho" e deixaria o Mercosul — bloco formado por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela, sendo que essa última está suspensa dos seus direitos e deveres.
“É um vizinho do Brasil, principal parceiro na América do Sul. Então preocupa quando um candidato diz que vai romper com o Brasil. Você fez o quê para merecer esse tipo de tratamento?”, questionou o ministro, ao afirmar que Lula mantém relações amigáveis com chefes de Estado de todo espectro político.
A eleição presidencial na Argentina está marcada para o próxio dia 22.
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