reunião do FMI

Haddad reafirma que terá aumento de arrecadação para zerar deficit

Ministro da Fazenda garante, em discurso no Fundo Monetário Internacional, que vai conseguir os R$ 168 bilhões necessários para equilibrar contas públicas. Mas, segundo ele, carga tributária não vai aumentar

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou que manterá a meta de zerar o deficit primário em 2024. Durante a reunião do Comitê do Fundo Monetário Internacional (IMFC, na sigla em inglês), em Marrakech, no Marrocos, nesta quarta-feira (11/10), ele afirmou, ainda, que o governo encerrará o mandato com saldo positivo em 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026. Segundo o ministro, a melhora nas contas públicas será possível graças às medidas para aumentar as receitas. Ele garantiu, no entanto, que não haverá aumento de carga tributária.

Economistas têm colocado em dúvida a capacidade do governo em obter os R$ 168 bilhões em arrecadação adicional necessários para tirar as contas do vermelho no próximo ano. Muitos cobram que, além de aumentar receitas, o governo procure conter os gastos, que vêm crescendo. Haddad, porém, reafirmou a avaliação de que a melhora do crescimento econômico deve permitir ao governo atingir os objetivos fiscais.

"A confiança na sustentabilidade da dívida do Brasil melhorou, com duas das três principais agências de classificação de crédito elevando a classificação ou perspectiva da dívida do Brasil este ano", frisou Haddad.

O ministro acrescentou que, este ano, o Brasil vem superando as expectativas do mercado e de organismos como o FMI com a melhora que vem apresentando em termos de crescimento econômico. Ele citou ainda que a inflação tem caído mais rápido do que as expectativas, o que influenciou nas perspectivas futuras e permitiu que os juros caíssem. "A economia do Brasil superou as expectativas, com crescimento resiliente e queda da inflação", afirmou.

Haddad apontou, como fatores que impulsionam o crescimento, as medidas relacionadas ao crédito e ao mercado de capitais, como o programa Desenrola, de negociação de dívidas. Disse ainda que o Brasil "está pronto para liderar a economia verde", citando que a transição ecológica surge como uma chance para a geração de empregos.

 

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