O Nobel de Economia foi concedido à economista norte-americano Claudia Goldin, por pesquisas sobre mulheres no mercado de trabalho. Terceira mulher a obter essa premiação, a professora da Universidade de Harvard foi laureada por descobrir os principais impulsionadores das diferenças de gênero em empregos. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (9/10).
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"As mulheres estão muito sub-representadas no mercado de trabalho global e, quando trabalham, ganham menos que os homens. Claudia Goldin vasculhou os arquivos e recolheu mais de 200 anos de dados dos EUA, o que lhe permitiu demonstrar como e porquê as diferenças de gênero nos rendimentos e nas taxas de emprego mudaram ao longo do tempo", explicou a Real Academia Sueca de Ciências.
Segundo a pesquisa desenvolvida pela economista, a participação feminina no mercado de trabalho não teve uma tendência de ascendente, mas sim de uma curva em formato de "U". Isso porque a presença das mulheres casadas diminuiu com a transição de uma sociedade agrária para uma sociedade industrial no início do século XIX, mas depois começou a aumentar com o crescimento do setor dos serviços no início do século XX.
Ao longo das pesquisas, Goldin destacou que o acesso à pílula contraceptiva desempenhou um papel importante na aceleração da maior participação de mulheres no mercado de trabalho, pois ofereceu novas oportunidades para o planejamento de carreira.
“Compreender o papel da mulher no trabalho é importante para a sociedade. Graças à investigação inovadora de Claudia Goldin, sabemos agora muito mais sobre os fatores subjacentes e quais as barreiras que poderão ter de ser abordadas no futuro”, afirma Jakob Svensson, presidente do Comité do Prémio em Ciências Econômicas.
O Nobel é dividido em seis áreas: medicina, física, química, literatura, paz, economia. Os vencedores de cada categoria dividem um prêmio de 11 milhões de coroas suecas (equivalente a US$ 994 mil ou R$ 5 milhões).
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