O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a destacar, nesta quinta-feira (5/10), as oportunidades que a agenda da sustentabilidade trarão para o Brasil. Ele afirmou que o país está “muito atrasado” e que agora “busca o tempo perdido” para a realização do Plano de Transição Ecológica.
“Temos uma oportunidade enorme pela frente. O que pode parecer custo para outros países, para o Brasil é oportunidade”, disse durante a abertura do 7º Fórum Nacional de Controle, promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília. “Já no primeiro ano de governo vamos endereçar uma série de questões muito atrasadas”, destacou.
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O chefe da Fazenda lembrou que a Universidade de São Paulo (USP) lidera um estudo para produzir hidrogênio verde a partir de etanol e criticou que a Petrobras não participe do projeto. “Já conversei com o Jean Paul Prates (presidente da petroleira), não usamos o fundo verde para aquilo de mais moderno que há no país. O Estado brasileiro se omitiu para nos colocar na liderança da transformação ecológica no mundo”, afirmou.
Na ocasião, ele comemorou a aprovação pelo Senado da criação do mercado de carbono e mencionou trabalhos da pasta que seriam complementares, como a taxonomia e os títulos verdes. Haddad mencionou também que há um trabalho interministerial de mais de 100 ações e citou como exemplo o Plano Safra, que irá se unir à agricultura de baixo carbono.
Vitrine
O ministro argumentou ainda que a presidência brasileira do G20 — grupo que reúne as 20 principais economias globais — e a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que acontecerá em 2025, em Belém (PA), devem ser uma vitrine para impulsionar os projetos da agenda sustentável no país.
“Com a liderança e presidência no G20 e a COP em Belém, nós podemos dar uma visibilidade mundial para o que tem sido feito aqui. Isso terá um efeito externo, mas também terá um efeito interno importante, que é acabar de alinhar as instituições em torno desse propósito”, disse.
O evento teve como tema "Desenvolvimento Sustentável e o Controle". Participaram também do encontro os ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Esther Dweck (Gestão), Rui Costa (Casa Civil), Jorge Messias (AGU) e Augusto Nardes (TCU).
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