Em meio à alta das cotações do petróleo Brent no mercado internacional e à suspensão das exportações russas, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou nesta terça-feira (3/10) que a estatal avalia a possibilidade de fazer um novo reajuste nos preços dos combustíveis até dezembro.
“Estamos agora analisando a possibilidade ou não de outro reajuste até o final do ano, mas a gente ainda não tem isso como dado, não tem isso como concreto”, disse a jornalistas, após cerimônia de comemoração dos 70 anos da companhia, no Rio de Janeiro.
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“O que temos como concreto é que a nossa política de preços, daquele túnel de volatilidade, que tem o intervalo entre o valor marginal e o custo alternativo do cliente, está funcionando", continuou Prates.
Tempestade
A Petrobras anunciou o último reajuste nos preços da gasolina e do óleo diesel em meados de agosto. Ele explicou, ainda, que, desde que mudou a política de preços da empresa, abandonando a paridade com a impostação (PPI), ocorreram inúmeras oscilações do Brent e também do diesel.
“O diesel disparou, refinarias da Rússia pararam de funcionar, tivemos enxugamento do diesel russo, que estava chegando e fazia um certo colchão de amortecimento no preço também. Estamos vivendo no mercado com uma espécie de tempestade que a gente tem que administrar, saber quanto tempo vai durar e quanto tempo temos de colchão para aguentar essa volatilidade”, ponderou.
O presidente da companhia disse, também, estar avaliando o percentual e o melhor momento para um reajuste. “Tempo e percentual estão sendo decididos. Se for necessário faremos, e vamos ver quando podemos de novo, após o inverno do hemisfério norte, voltar ao patamar anterior”, destacou.
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