Divulgado nesta segunda-feira (2/10) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) mostrou que o Brasil criou 220.844 empregos com carteira assinada no mês de agosto de 2023. O resultado traduz uma diminuição de 23,34% em relação ao número de agosto de 2022, quando foram criadas 288.096 vagas. O cálculo é feito pela diferença entre o número de admissões e o número de demissões realizadas no período.
É o 8º mês consecutivo com saldo positivo em número de postos. No agregado, são 1.388.062 vagas criadas de janeiro a agosto, número que também representa queda de 27% na comparação com o mesmo período de 2022, em que foram criados 1.901.482 empregos.
O resultado do mês superou as expectativas de uma pesquisa realizada pela Reuters, que estimou a criação líquida de 178.000 empregos.
- Caged: Brasil gerou 142,7 mil empregos com carteira assinada em julho
- Caged: Brasil cria 155,2 mil empregos com carteira assinada em maio
- Artigo: Com quantas reformas se faz uma CLT?
O setor com maior crescimento em agosto foi o de serviços, com o crescimento de 114.439 postos — o que representa 52% do total. Destes, 43.513 são das áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; 36.112 são das áreas de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais; e 14.511 das áreas de alojamento e alimentação.
O segundo maior setor gerador de empregos foi o comércio, com 41.843 vagas, seguido pela indústria (com 31.086 postos), construção civil (com 28.359 postos) e agropecuária (com 5.126 postos).
Agosto é o segundo mês com maior número de contratações no ano, ficando atrás de fevereiro, quando foram adicionados 250.385 postos de trabalho.
O salário médio de admissão do mês foi de R$2.037,90, quase idêntico ao valor apresentado em julho, que era de R$2.036,63. O crescimento de R$1,27 representa um aumento de 0,62%.
Unidades federativas e grupos populacionais
A lista de estados com maior saldo é encabeçada por São Paulo, com 65.462 postos (crescimento de 0,5%), Rio de Janeiro, com 18.992 postos (crescimento de 0,6%) e Pernambuco, com 15.566 postos (crescimento de 1,1%).
O Espírito Santo foi o estado com menor crescimento total, com 315 postos (aumento de 0,04%), seguido do Acre, com 448 postos (aumento de 0,5%), e por Roraima, com 689 postos (aumento de 0,9%).
Em todo o país, o saldo foi de 128.405 postos para homens e 92.439 para mulheres, o que representa uma discrepância de 35.966 postos. Dessa forma, o número de postos destinados a homens foi 38,9% maior do que o de destinados a mulheres.
*Estagiário sob supervisão de Renato Souza
Saiba Mais
-
Economia Desenrola Brasil: Bancos renegociaram quase R$ 16 bilhões em dívidas
-
Economia 'Só por milagre ganharia o mesmo no Brasil': como é ser motoboy na Inglaterra
-
Economia Exclusivo | Banco do Brasil é alvo de inquérito inédito sobre papel na escravidão e MPF pede reparação
-
Economia Campos Neto diz que inflação tem se comportado de maneira benigna