O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central do Brasil (Sinal) decidiu, em assembleia na quinta-feira (26/10), pelo início da terceira fase da operação-padrão dos servidores. A decisão pode trazer implicações diretas ao funcionamento interno do órgão e ao seguimento de projetos como o Pix parcelado e o Drex.
A movimentação da categoria, que teve início em julho deste ano, tem previsão de iniciar uma nova fase a partir do dia 1° de novembro, mesma data da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). De acordo com o Sinal, a movimentação já conta com adesão de ao menos 70% dos servidores do BC.
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O presidente do Sinal, Fábio Faiad, explicou em nota que a categoria é "consciente da importância de seu papel no órgão e para o bom funcionamento da economia, mas a mobilização se fez inevitável em razão da negligência do governo e do tratamento assimétrico entre carreiras de mesma importância estratégica.”
O Sinal afirma que a operação segue devido a falta de devolutivas do governo sobre a valorização da carreira. “Servidores de todas as Regionais do BC em protesto cruzarão os braços nos períodos da manhã e da tarde”, diz sobre a manifestação prevista para a reunião do Copom.
A previsão é que a medida tenha impacto no andamento de projetos como o Real Digital (Drex) e o Pix Parcelado. O principal efeito da paralisação dos servidores seria sentido tanto pela autarquia — com a desaceleração ou a não-entrega de projetos dentro dos prazos —, quanto pela população em geral. O desenrolar da operação já teria afetado 25% das atividades de supervisão de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo.
Fábio Faiad teve uma reunião com o presidente do BC, Campos Neto, para cobrar um posicionamento. No entanto, Faid diz que não houve decisões significativas ou propostas que impactam no futuro da operação. “Eu cobrei dele, como presidente do sindicato que sou, uma reunião nossa do sindicato com a presidência do banco e o vice-presidente, Geraldo do Alckmin, e também uma outra reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (...), para avançar e ter uma proposta à mesa para a gente conversar”, acrescenta Faiad. Caso a negociação não avance, os planos da categoria são de greve por tempo indeterminado a partir da segunda quinzena de novembro.
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