NEGÓCIOS

Confiança do consumidor atinge menor nível desde junho, aponta FGV

Índice volta a recuar após quatro meses de alta. Preocupação com a continuidade da resiliência do mercado de trabalho é um dos fatores que levam à queda, avalia especialista

Para a FGV/Ibre, o recuo da confiança dos consumidores foi influenciado pela piora das expectativas para os próximos meses e acomodação em relação à situação atual -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Para a FGV/Ibre, o recuo da confiança dos consumidores foi influenciado pela piora das expectativas para os próximos meses e acomodação em relação à situação atual - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 25/10/2023 16:46 / atualizado em 25/10/2023 16:47

O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre) divulgou, nesta quarta-feira (25/10), os resultados de outubro do Índice de Confiança ao Consumidor (ICC). Neste mês, houve uma queda de 3,8 pontos no indicador, o que faz com que o nível de confiança retorne ao menor patamar (93,2 pontos) desde junho deste ano.

O ICC vinha de quatro resultados positivos em sequência. Para a FGV/Ibre, o recuo da confiança dos consumidores foi influenciado pela piora das expectativas para os próximos meses e acomodação em relação à situação atual. Ela ainda destacou que, neste mês, o cenário negativo se apresenta disseminado em todas as variáveis da pesquisa, o que, segundo a economista, acende um sinal de alerta para o setor varejista.

“A calibragem das expectativas passando o índice da zona de otimismo para a zona de neutralidade pode estar relacionada com a desaceleração dos setores econômicos, e talvez uma preocupação com a continuidade da resiliência do mercado de trabalho, fator importante na recuperação da confiança dos consumidores”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE. Mesmo com a queda na comparação mensal, houve um aumento de 4,2% no nível de confiança do consumidor em relação a outubro do ano passado.

Os principais fatores que levaram ao recuo do índice neste mês foram a queda na confiança em relação à situação econômica futura, que regrediu 6 pontos nesta pesquisa, e atingiu o menor nível desde novembro de 2022. Além disso, o indicador que mede as perspectivas para as finanças familiares também apresentou um resultado negativo, de menos 5,5 pontos, na comparação mensal.

*Estagiário sob a supervisão de Carlos Alexandre de Souza

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