Os trabalhadores da fábrica da General Motors (GM) em São José dos Campos, no interior de São Paulo, decidiram iniciar uma greve por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira (23/10). A paralisação é motivada pela demissão em massa que ocorre na unidade, comunicada no último sábado (21/10), com os trabalhadores informados do desligamento por meio de telegramas e e-mail.
Entre as reivindicações dos grevistas está o cancelamento de todas as demissões, a manutenção dos postos de trabalho e a estabilidade no emprego de todos os funcionários da fábrica da GM.
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O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região alega que a empresa tem um acordo de layoff, firmado em junho com o sindicato, que garante a estabilidade no emprego de todos os empregados na fábrica até maio de 2024. Para os sindicalistas, o acordo foi quebrado e as demissões foram feitas sem qualquer negociação prévia com o sindicato, medida necessária na ocorrência de demissões em massa.
“Está declarada a guerra pelo cancelamento das demissões. O que a GM fez foi uma covardia e absoluto desrespeito aos trabalhadores e ao acordo assinado. Não vamos tolerar nenhuma demissão sequer. Vamos exigir dos governos federal e estadual medidas imediatas pelo cancelamento das demissões”, disse em nota o vice-presidente do sindicato, Valmir Mariano.
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O sindicato diz que até o momento a empresa não informou quantos trabalhadores foram dispensados, mas confirmou que entre os demitidos que procuraram a entidade ainda durante o final de semana, estariam mulheres grávidas e trabalhadores em afastamento por questões de saúde.
A assembleia que aprovou o início do movimento grevista ocorreu na manhã deste domingo (22/10) e deve ser repetida em frente da unidade fabril no início da manhã desta segunda-feira (23/10). A fábrica da GM em São José dos Campos tem cerca de 4 mil trabalhadores, e produz os modelos de SUVs, S10 e Trailblazer, além de motores e transmissão.
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