Comércio Exterior

Balança comercial tem superavit de US$ 3,9 bi na 1ª quinzena de outubro

Especialista afirma, contudo, que comércio exterior já sentiu o impacto do conflito no Oriente Médio, com diminuição das importações de petróleo

Mesmo com o aumento do saldo da balança, houve uma ligeira queda de 0,6% nas exportações. Isso foi causado, principalmente, pela queda das vendas de algodão bruto, que retraiu 32,4% -  (crédito:  EVARISTO SA / AFP)
Mesmo com o aumento do saldo da balança, houve uma ligeira queda de 0,6% nas exportações. Isso foi causado, principalmente, pela queda das vendas de algodão bruto, que retraiu 32,4% - (crédito: EVARISTO SA / AFP)
postado em 16/10/2023 17:41

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) divulgou, nesta segunda-feira (16/10), os dados do comércio exterior brasileiro referentes à primeira quinzena de outubro. Segundo a pasta, a balança comercial do país registrou superavit de US$ 3,94 bilhões, e crescimento de 146,1% na comparação com o mesmo período em 2022. Ao analisar apenas a segunda semana deste mês, o saldo da balança foi positivo em US$ 2,46 bilhões — com aumento de 246,2%.

Com isso, a balança comercial já acumula crescimento de 56,3%, com saldo de US$ 75,19 bilhões, neste ano, na comparação com o período de janeiro até a metade do mês de outubro de 2022. Nesse mesmo intervalo, a corrente de comércio registrou queda de 5,5%, atingindo US$ 456,07 bilhões.

“A balança comercial já sentiu impacto do conflito no Oriente Médio, com as importações de petróleo reduzindo em 34,1% nas duas primeiras semanas de outubro. As importações de fertilizantes também sofreram redução, tendo em vista os grandes estoques das empresas brasileiras e os efeitos da guerra entre Israel e Palestina sobre o produto”, destaca Bruna Rizzolo, especialista em economia da BMJ Consultores Associados.

Mesmo com o aumento do saldo da balança, houve uma ligeira queda de 0,6% nas exportações. Isso foi causado, principalmente, pela queda das vendas de algodão bruto, que retraiu 32,4%, além de óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-8,4%) e carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (-19,4%).

*Estagiário sob a supervisão de Andreia Castro

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