sistema financeiro

Por ora, só 3 países usam moeda digital como o Drex

Nigéria, Bahamas e Jamaica implantaram em seus sistemas financeiros. Na China, o yuan digital vem operando em fase de testes há pelo menos três anos. Ativo brasileiro coloca o sistema do país como um dos mais modernos

 09/05/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Economia. Banco Central. Banco Central do Brasil. Fachada do Banco Central.  -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
09/05/2023 Credito: Ed Alves/CB/DA.Press. Economia. Banco Central. Banco Central do Brasil. Fachada do Banco Central. - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 14/10/2023 03:55

Por Raphael Pati* — Apesar de garantido pela autoridade monetária dos países, apenas três — Nigéria, Bahamas e Jamaica — implantaram uma Moeda Digital do Banco Central (CBDC) em seus sistemas financeiros. Outras unidades se encontram em fase de testes, como é o caso do yuan digital, da China, que opera nesta fase desde 2020.

No Brasil, o Drex ainda está em fase de "prova de conceito", que vem logo depois do fim das pesquisas. Os dados são do site CBDC Tracker, que mensura em tempo real a situação de cada um dos 119 países que já anunciaram a moeda digital.

"Atualmente, os casos mais relevantes de moedas de bancos centrais referem-se a serviços de pagamentos instantâneos, solução já alcançada com muito sucesso pelo nosso Pix. O Drex avança em relação à experiência internacional, quando tem por objetivo simplificar e democratizar o acesso das pessoas a serviços e produtos financeiros como crédito, investimentos e seguros", assegurou Fábio Araújo, coordenador do projeto do Drex no Banco Central (BC).

A ideia da instituição era disponibilizar o Drex já a partir do próximo ano 2024, mas a implantação corre risco de atrasar e passar para 2025. Segundo Fábio Araújo, a revisão do cronograma foi motivada pela complexidade que envolve o lançamento de uma moeda digital garantida pela autoridade monetária.

Vanguarda

Na avaliação do ex-diretor do BC Carlos Thadeu de Freitas, o Brasil está avançado na concepção de uma moeda digital. Ele vê com otimismo os novos passos adotados pela instituição.

"O Brasil está um pouquinho à frente, porque nem todo país tem Drex e nem todo país tem Pix", observa.

Para o economista e professor da Universidade de Brasília (UnB) César Bergo, o surgimento de moedas digitais oficiais pode ser benéfico para a segurança nas transações dentro do ambiente virtual. No caso do Drex, a moeda será diretamente atrelada ao real (1 Drex = R$ 1).

"É importante dizer que a criptomoeda é um ativo para investimento, mas não tem nenhum lastro, não tem nenhuma garantia. O Drex é para utilizar no dia a dia, no sistema monetário e nas trocas, preservando as funções da moeda", explica.

*Estagiário sob a supervisão de Fabio Grecchi

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação