O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta segunda-feira (9/10), durante live semanal da instituição, que “é cedo para se fazer qualquer tipo de análise” sobre os efeitos do conflito Israel-Hamas sobre a inflação. Por enquanto, ele não vê razoes para alterar as previsões expressas no comunicado da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
“Aquelas duas variáveis (citadas no comunicado), que envolvem petróleo e dólar, passam a ganhar ainda mais atenção”, disse Galípolo, ao observar que qualquer mudança na previsão de inflação vai depender da dimensão que o conflito adquirir nos próximos dias. “A expectativa em relação à evolução do preço do petróleo está muito associada, no mercado, ao nível de envolvimento do Irã — o quanto o conflito permanece mais regional e o quanto ele se estende”, completou.
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Admitindo que o cenário internacional está mais “desafiador”, Galípolo apontou que o nível de reservas internacionais traz uma vantagem do Brasil em relação aos países emergentes. “Se a gente for comparar com boa parte dos nossos pares, uma das grandes vantagens comparativas que o Brasil oferece é justamente o nível de reservas internacionais.”
O território israelense está sob ataque pelo Hamas desde o fim de semana, quando o grupo lançou um ataque surpresa na fronteira entre a Palestina e Israel. De acordo com o último balanço, o conflito já deixou mais de 1,3 mil mortos. Dentre eles, 260 jovens que estavam em uma rave na madrugada de sábado (7), quando membros do Hamas invadiram o local atirando. De acordo com o Itamaraty, pelo menos três brasileiros que participavam do evento estão desaparecidos desde o início da ofensiva.
Logo após os ataques de sábado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou um vídeo nas redes sociais dizendo que o país estava "em guerra". Nesta segunda, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques de Israel.
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