"A indústria está supertributada", diz Alckmin em evento da Fiesp

O vice-presidente destacou que a reforma tributária tornará o polo industrial brasileiro mais atrativo ao reduzir o custo Brasil

Alckmin: "A reforma tributária vai impulsionar a atividade industrial, desonerar completamente investimento e desonerar completamente exportação, acabando com a cumulatividade de crédito" - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)

Rafaela Gonçalves +

postado em 03/10/2023 13:17 / atualizado em 03/10/2023 13:18

O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, foi aplaudido por empresários nesta terça-feira (3/10) ao dizer que a indústria brasileira está "supertributada".

“A indústria está supertributada. A reforma tributária vai impulsionar a atividade industrial, desonerar completamente investimento e desonerar completamente exportação, acabando com a cumulatividade de crédito”, declarou, em evento promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

• Indústria avança 0,4% em agosto, mas acumula queda de 0,3% no ano
• Balança comercial deve atingir US$ 93 bi de superávit e bater recorde
• Reforma tributária: em estudo, TCU aponta riscos e faz sugestões

Alckmin destacou que a reforma tornará o polo industrial brasileiro mais atrativo ao reduzir o Custo Brasil (custos de produção), substituindo os cinco impostos sobre o consumo por um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) dual, que facilitará o processo de tributação.

Na ocasião, o vice-presidente disse que o país está pronto para dar um novo salto de desenvolvimento, mas disse que a taxa básica de juros (Selic), reduzida em 0,5 ponto percentual nas duas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom), continua prejudicando o desempenho da economia.

Ele projetou ainda que o Brasil deve receber um grande aporte de investimentos estrangeiros nos próximos anos e destacou a importância de acordos comerciais, mencionando tratados do Mercosul com Israel, Egito e Palestina: “Nós estamos isolados, quando você não faz um acordo, fica para trás”, destacou.