O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, descartou por enquanto a volta do horário de verão. Segundo ele, a medida que adiantava os relógios em uma hora para economizar energia, só será implementada novamente se houver um novo risco de apagão.
“O horário de verão só acontecerá se tiver sinais e evidências de uma necessidade de segurança de suprimento do setor elétrico brasileiro. Por enquanto não tem sinais nenhum nesse sentido. Nós estamos com os nossos reservatórios no melhor momento dos últimos dez anos”, disse a jornalistas, após cerimônia no Palácio do Planalto.
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Silveira destacou que a região Norte, em especial o estado do Amazonas, enfrenta um período de seca, mas que isso não atinge fortemente o setor elétrico nacional. Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) apontam que os reservatórios dos principais subsistemas do país operam acima de 70% da capacidade.
O ministro ponderou ainda que o setor elétrico é “extremamente sensível”. “Ele depende também, não somente, do índice pluviométrico, por mais que a ciência nos dê norte de possibilidades e referências do quanto vai chover, é importante que nós o tempo todo nos mantenhamos precavidos sobre a afirmação de que vai ou não vai acontecer”, disse ele sobre a volta do horário de verão.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) enviou ao governo, na última semana, um pedido formal para o retorno do regime suspenso em 2019, pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O documento afirma que a medida gera impacto direto no faturamento dos bares e restaurantes, com alta estimada de 10% a 15%.
O horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931 e passou a ser adotado com constância a partir de 1985. A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas, gerando economia de energia e redução do risco de apagões.
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