A caderneta de poupança registrou nova saída líquida de recursos em agosto. Os saques superaram os depósitos em quase R$ 10,1 bilhões no último mês, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (8/9). Este é o segundo mês consecutivo de saques líquidos, em julho houve a retirada de R$ 3,5 bilhões.
No mês passado, os depósitos somaram R$ 321,6 bilhões, enquanto as retiradas totalizaram R$ 331,7 bilhões. Segundo o BC, houve queda na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as saídas líquidas de recursos da poupança somaram R$ 22 bilhões, maior valor registrado desde o início da série histórica.
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No acumulado de janeiro a agosto deste ano, as retiradas superaram os depósitos na poupança em R$ 80,3 bilhões. Foi o segundo maior valor já registrado no período para uma saída líquida de recursos.
Apenas o mês de junho teve resultado positivo, no acumulado do ano, quando registrou saldo líquido de R$ 2,59 bilhões. O estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, alcançou R$ 969,1 bilhões em agosto.
Considerando o rendimento de R$ 6,3 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 969,1 bilhões ao final do mês. A retirada de recursos acontece ainda em um cenário de juros elevados, apesar do corte da Selic anunciado pelo Banco Central no início de agosto. A taxa básica da economia passou de 13,75% para 13,25% ao ano.
A aplicação vem perdendo recursos em série desde 2021, afetada pela inflação elevada, o endividamento das famílias e os juros altos. Em 2022, o saldo foi negativo em R$ 103,2 bilhões, o pior ano na história da poupança, cuja série foi iniciada em 1995.
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