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Haddad comemora resultado do PIB e projeta crescimento de 3% no ano

Previsão do ministro para o crescimento da atividade é três vezes maior do que o estimado pelo mercado no começo do governo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, enalteceu o trabalho da equipe econômica, após a divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano, que avançou 0,9% — acima do esperado pelos analistas do mercado financeiro. Segundo o ministro, o governo já trabalha com a expectativa de crescimento de 3% no final de 2023.

“Nós estamos com uma expectativa ainda melhor do que em janeiro, quando as nossas projeções indicavam crescimento superior a 2%, e eu quero lembrar que, nessa mesma época, as projeções médias do mercado indicavam um crescimento inferior a 1%”, disse o ministro em conversa com jornalistas, nesta sexta-feira (1º/9), na sede paulista do Ministério da Fazenda.

Para o chefe da pasta, parte do sucesso apresentado pelos números é resultado da ajuda do Congresso Nacional, que, segundo ele, tem sido ‘zeloso’ ao separar as funções de cada instância da República.

 

 

“A Fazenda está confortável com o que foi aprovado. Um detalhe aqui ou ali pode acontecer de escapar, mas o fato é que a agenda está se impondo e, do meu ponto de vista, se nós continuarmos perseguindo esses objetivos estruturais, nós vamos colher os frutos disso mais ainda no ano que vem do que neste ano”, frisou Haddad.

Marco de garantias pode alavancar crédito

Um dos projetos que tramitam no Congresso Nacional destacados pelo ministro é o Marco de Garantias. Para Haddad, o instrumento que classifica a inadimplência e a taxa reduzida de recuperação dos bens como os principais motivos para o elevado spread do crédito, pode alavancar esse mercado, que tem performado negativamente, com a taxa de juros em patamares elevados.

Ele também destacou a segunda fase do programa Desenrola Brasil — que auxilia os inadimplentes a quitarem as dívidas —, que ocorrerá de maneira simultânea à votação do Marco das Garantias. Em setembro, o governo federal vai promover leilões para estabelecer os descontos para cada CPF negativado que participe do programa.

“Nós temos um horizonte no segundo semestre de muito trabalho e isso nos anima, mas nós conhecemos os desafios, ninguém aqui está dando o campeonato por ganho. Nós sabemos que temos um caminho pela frente, nós temos que aprovar as medidas que foram endereçadas. Há uma melhoria do ambiente político para que essas medidas sejam analisadas com cautela e com generosidade”, destacou, ainda, o ministro.

*Estagiário sob a supervisão de Vinicius Doria