Juros na pauta

Campos Neto encontra Lula pela primeira vez em reunião nesta quarta

Segundo informações, o encontro está sendo visto como um modo de selar uma convivência mais adequada entre eles, ainda que sem uma pacificação definitiva

Campos Neto já foi alvo da retórica do chefe do Executivo  contra a manutenção dos juros em nível alto -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Campos Neto já foi alvo da retórica do chefe do Executivo contra a manutenção dos juros em nível alto - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 27/09/2023 11:41

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, terão nesta quarta-feira (27/9) o primeiro encontro desde a posse do petista. De lá para cá, Campos Neto foi, já algumas vezes, alvo da retórica do chefe do Executivo  contra a manutenção dos juros em nível alto. Lula chegou a chamar o chefe da autoridade monetária de "este cidadão", "tinhoso" e "teimoso", ao falar do tema.

"A inflação tá caindo e logo, logo vai começar a baixar a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central é teimoso, é tinhoso, mas não tem mais explicação" disse Lula na ocasião

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também estará na reunião no Palácio do Planalto, marcada para as 17h30. O encontro vem em um momento em que uma parcela dos aliados de Lula reduziu o tom das críticas a Campos Neto e ao BC, justamente por causa do início do ciclo de redução da taxa de juros (Selic).

Nomes influentes no entorno de Lula, como a presidente nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), porém, seguem com falas duras. Na semana passada, após o Comitê de Política Monetária (Copom) decidir unanimemente pela queda dos juros básicos em 0,50 ponto porcentual, a 12,75%, a parlamentar reclamou de um processo de baixa feito "a conta-gotas".

Segundo informações da CNN Brasil, a reunião desta quarta-feira representará ao menos um gesto de aproximação entre os presidentes da República e do BC, que solicitou ao Executivo a audiência. No entorno de Lula, segundo a emissora, o encontro está sendo visto como um modo de selar uma convivência mais adequada entre eles, ainda que sem uma pacificação definitiva.

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