São Paulo - A presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano, disse nesta terça-feira (26/9) que está avaliando a necessidade de repensar a poupança para que o produto volte a ser atrativo. Segundo ela, uma das alternativas seria a liberação do compulsório vinculado ao financiamento habitacional.
Mesmo com a desvalorização, a poupança ainda é o principal recurso para financiar habitação. “Nós entendemos que, já que o mercado vem perdendo muitos recursos em poupança, é necessário também repensar o compulsório”, destacou Serrano, durante a 6ª edição do Fórum Incorpora, realizado pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em São Paulo.
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A presidente do banco afirmou que “não tem sentido manter a mesma regra de compulsório com os recursos de poupança diminuindo” e que já propôs a questão ao Ministério da Fazenda e ao Banco Central. “Ontem, entregamos uma proposta com essa possibilidade para que seja discutido com Banco Central novas regras de compulsório, estamos propondo que seja liberado o compulsório vinculado ao financiamento habitacional, para que ele seja diminuído com foco em investimento em habitação”, contou.
Na ocasião, ela também defendeu a desburocratização de processos a fim de diminuir os custos e agilizar os financiamentos imobiliários: “Não há dúvida que todos nós perdemos com isso. Você tem um custo maior e o banco perde também em produtividade.”
O banco estatal atingiu, na última sexta-feira (22), a marca de R$ 700 bilhões de carteira de crédito imobiliário, com 6,6 milhões de contratos, um crescimento de 9,56% em relação ao fechamento do ano de 2022. “A Caixa não quer mais só entregar habitação, nosso foco é ir além, queremos garantir moradia digna para as pessoas. Quando a gente pensa em habitação estamos pensando em geração de emprego, investimento na economia, investimento social, esperança, conforto e melhores condições de vida”, declarou Serrano.
*A repórter viajou a convite da Abrainc
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