Meio Ambiente

"É uma vocação do Brasil ser líder global", diz presidente da CNSeg

Presidente da entidade, Dyogo Oliveira, acredita que o país atravessa uma nova realidade ao resgatar o protagonismo internacional, especialmente na preservação ambiental

Presidente da CNSeg acredita que o país passa por uma nova realidade ao resgatar o protagonismo internacional, especialmente na preservação ambiental. -  (crédito:  Ed Alves/CB/DA.Press)
Presidente da CNSeg acredita que o país passa por uma nova realidade ao resgatar o protagonismo internacional, especialmente na preservação ambiental. - (crédito: Ed Alves/CB/DA.Press)
postado em 25/09/2023 16:42

Rio de Janeiro – O Brasil atravessa uma nova realidade, especialmente recuperando o protagonismo na área de preservação ambiental, na avaliação do presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Dyogo Oliveira — um dos primeiros a prever crescimento acima de 2% no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste ano ainda no fim de 2022.

“Estamos experimentando um momento em que o Brasil resgata o protagonismo internacional e o papel de líder global e de maneira natural”, afirmou Oliveira, nesta segunda-feira (25/9), durante a abertura da 38ª Conferência Hemisférica da Federação Interamericana de Empresas de Seguros (Fides), no Rio de Janeiro.

Conforme dados do Banco Central, a mediana das projeções do mercado para o crescimento do PIB deste ano foi revisada para cima pela quinta semana consecutiva, passando de 2,89%, no relatório Focus anterior, para 2,92%, no relatório Focus desta semana.

A conferência da Fides, na avaliação do ex-ministro do Planejamento, ocorre em um momento especial do país, pois o país está retomando o protagonismo global e experimentando a retomada do crescimento com a estabilização educacional e a preservação do meio ambiente.

“É uma nova realidade que estamos experimentando, com a retomada do otimismo, a retomada da confiança nos mercados dos nossos parceiros estratégicos, a retomada da credibilidade do Brasil nos fóruns internacionais junto aos líderes globais, junto às grandes lideranças mundiais. Não poderia deixar de ser assim. É uma vocação do Brasil ser um grande líder global”, disse Dyogo Oliveira.

Nova conjuntura

No palco do evento, ao citar o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que também participou da cerimônia de abertura, o presidente da CNSeg elogiou o trabalho do parlamentar afirmando que ele tem dado “uma contribuição muito importante na estabilização do país para aprovação de medidas significativas para a retomada da economia e, principalmente, para criar o ambiente necessário para que o país prospere e continue nesse caminho de estabilização e crescimento”.

No entender do ex-ministro, o Brasil poderá ser um catalisador da nova agenda regional dentro da nova conjuntura geopolítica. “Novas oportunidades surgiram e as mudanças que o mundo está passando representam também oportunidades e, em particular, oportunidades para os países da América Latina. É natural que o Brasil seja um catalisador dessa nova agenda, buscando alcançar resultados e articulando o desenvolvimento da região”, afirmou.

“E o setor de seguros tem uma função central de relevância dentro desse processo, garantindo a recomposição do patrimônio, a estabilidade de renda, a melhoria da qualidade de vida da população. O setor de seguros gera segurança nas decisões, assume riscos, mitiga riscos”, emendou.

O mercado de seguros ainda precisa ser melhor conhecido pela sociedade para contribuir mais com o crescimento da economia não só do Brasil mas também regional, de acordo com Oliveira. Na sequência, o presidente da Fides, Rodrigo Bedoya, presidente da Fides, fez coro e reforçou a necessidade de melhorar a comunicação. Além disso, defendeu a implementação de regulações para o setor, uma vez que os riscos estão aumentando de forma geral, como os de desastres naturais, os de cibersegurança e os associados à seguridade.

“Alguns países enfrentam desafios na implementação das regulações para impor restrições para limitar exposições e prejudicar a saúde financeira, além de permitir acesso à tecnologia e à digitalização”, afirmou. Para ele, o evento é importante para a troca de experiências para todos encontrar o melhor caminho para a adaptabilidade e maior resiliência.

Alessandro Octaviani, superintendente da Superintendência de Seguros Privados (Susep), ressaltou a importância do diálogo nesse mercado cheio de desafios. “Os seguros também têm a ver com a qualidade da nossa democracia, como pressuposto para boas realizações e boa política econômica”, afirmou. E, nesse sentido, o técnico garantiu que o próximo grupo de trabalho da entidade que vem discutindo uma nova regulamentação para o setor segurador em relação ao novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e à neoindustrialização, será destinado para a transformação ecológica e capacitação.

Sobre a Fides

A Fides 2023 é a maior conferência de seguros da América Latina, com cerca de 2 mil participantes de 41 países, entre lideranças empresariais globais, executivos, formadores de opinião e autoridades. Esta é a terceira vez que a Fides é promovida no Brasil e é a primeira edição após a pandemia de covid-19.

Além de Oliveira, Bedoya e Octaviani, participaram da abertura o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG); o presidente da Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados e de Resseguros, de Capitalização, de Previdência Privada, das Empresas Corretoras de Seguros e de Resseguros (Fenacor), Armando Vergílio; o governador do estado do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL); e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD).

*A jornalista viajou a convite da CNSeg

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