Análises técnicas do Ministério de Minas e Energia (MME) avaliam não ser necessária a retomada do horário de verão neste ano, suspenso por decreto desde 2019. De acordo com a pasta, a situação dos reservatórios hidrelétricos e a oferta de fontes renováveis são suficientes para garantir o fornecimento de energia.
O período em que os relógios eram tradicionalmente adiantados em um hora começava em setembro e seguia até o mês de fevereiro do ano seguinte. Apesar das considerações, a pasta não tem autonomia para determinar decisão final sobre a retomada.
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O ministério assegurou que o apagão nacional, que atingiu 25 estados e o Distrito Federal em agosto, não foi ocasionado por falta de abastecimento. O MME também avalia que o comportamento de consumo de energia pelos brasileiros mudou, o que tornaria o horário de verão menos eficaz.
Segundo o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), o órgão responsável pela coordenação e controle da operação das instalações de geração e transmissão de energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN), os níveis dos reservatórios das hidrelétricas devem chegar ao fim deste mês acima de 70% no Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.
Horários de pico
O horário de verão foi instituído pela primeira vez em 1931 e passou a ser adotado com constância a partir de 1985. A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas, gerando economia de energia e redução do risco de apagões. Suspenso em 2019, na gestão do então presidente Jair Bolsonaro (PL), o governo justificou que a medida não reduz o consumo de energia elétrica em horários de pico.
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