A arrecadação federal de impostos, contribuições e demais receitas registrou queda real (descontada a inflação) de 4,1% em agosto. Segundo balanço, divulgado nesta quinta-feira (21/9) pela Secretaria da Receita Federal, o montante arrecadado no mês passado foi de R$ 172,78 bilhões. Este foi o terceiro mês seguido de queda real da arrecadação neste ano.
A arrecadação administrada pela Receita somou R$ 165,2 bilhões, uma queda real de 3,33%. Já as receitas administradas por outros órgãos totalizaram R$ 7,13 bilhões, um recuo real de 22,92%. A comparação é feita sempre contra o mesmo mês do ano anterior, considerada mais apropriada por especialistas.
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De acordo com a Receita, o resultado da arrecadação de agosto foi mais uma vez influenciado por alterações na legislação tributária e por pagamentos atípicos, especialmente de Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) e Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido (CSLL), tanto em 2022. Em agosto, os dois tributos federais totalizaram uma arrecadação de R$ 28,5 bilhões — queda real de 23,30%.
Já o Imposto de Importação e o Imposto sobre produtos industrializados (IPI) — vinculado à importação — apresentaram conjuntamente uma arrecadação de R$ 6,7 bilhões no mês. Foi uma diminuição real de 16,64%. Por outro lado, o PIS/Pasep e a Cofins registraram, no conjunto, uma arrecadação de 36,53 bilhões — crescimento real de 6,08%.
No acumulado de janeiro a agosto de 2023, a arrecadação alcançou o valor de R$ 1,5 trilhão. Com isso, há decréscimo de 0,83% na comparação com o mesmo período de 2022. O governo federal deixou de arrecadar R$ 93,8 bilhões nos oito primeiros meses do ano por causa de desonerações tributárias.
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