O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou durante um evento em Nova York, nos Estados Unidos, que o Brasil faz o "dever de casa" para reduzir a emissão de poluentes e gases causadores do efeito estufa. O tema da economia verde foi amplamente tratado pelo ministro durante uma conversa com líderes de bancos norte-americanos no encontro promovido pela agência Bloomberg, na tarde desta terça-feira (19/9).
“50% de toda energia produzida no Brasil é verde. Energias sustentáveis são essenciais para o país, que tem uma oportunidade para reduzir o consumo de poluentes”, afirmou o ministro. “Isso, no nosso entendimento, é essencial para garantir a sustentabilidade social, preservar o meio ambiente, o trabalho, a dignidade das crianças e o bem estar da nossa população”, completou.
Haddad acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem aos Estados Unidos. Durante a passagem pelo país, o líder da equipe econômica do governo esteve presente em uma série de encontros com outros representantes de instituições financeiras e blocos econômicos. Adotando o mesmo tom do discurso de Lula, o ministro tem enfatizado a agenda verde durante as reuniões.
- Haddad chega a NY para anunciar plano verde e se reunir com investidores
- Haddad busca investidores nos EUA para agenda verde
- Governo reforça apoio a combustíveis renováveis
“Lula traz esse valores que significam maior cooperação com os países, porque não há soluções isoladas. Hoje nós temos diversas pesquisas e estudos nas universidades para melhorar o etanol, nós temos os carros híbridos, que são metade elétricos, mas que usam etanol também e, agora, com mais elétricos, pode ser uma oportunidade para melhorar a sustentabilidade”, disse Haddad.
Green bonds
Mais cedo, em conversa com jornalistas, o ministro também informou que os chamados 'green bonds' — títulos de dívida internacional com critérios sustentáveis — devem começar a ser utilizados pelo governo brasileiro nas próximas semanas. Já apresentada a investidores da Europa e dos Estados Unidos, a viabilização da operação depende apenas de janela para ser levada ao mercado.
"Não acredito que o Brasil vai ter qualquer dificuldade na colocação desses títulos que vai abastecer o fundo clima e isso vai alavancar investimentos verdes no Brasil", disse Haddad. O mercado espera que a operação movimente US$ bilhões, que devem ser utilizados para impulsionar o Fundo Clima.
O governo ainda aguarda uma decisão do Tesouro Nacional sobre o momento e volume a ser considerado nessa operação.
*Estagiário sob a supervisão de Talita de Souza
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br