CRÉDITO

Desenrola: bancos renegociam R$ 13,2 bi em dívidas em 2 meses

Segundo Febraban, entre 17 de julho e 15 de setembro, número de contratos de dívidas negociados chega a 1,9 milhão

Desnegativados - As instituições financeiras retiraram as anotações de cerca de 6 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 -  (crédito: Itamar Aguiar/Raw Image/D.A Press)
Desnegativados - As instituições financeiras retiraram as anotações de cerca de 6 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 - (crédito: Itamar Aguiar/Raw Image/D.A Press)
postado em 18/09/2023 16:54

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nesta segunda-feira (18/9) que, em dois meses do programa Desenrola Brasil, foram registrados R$ 13,2 bilhões em volume financeiro negociados. Segundo o levantamento, as negociações foram feitas exclusivamente pela Faixa 2, no qual os débitos bancários são negociados diretamente com a instituição financeira em condições especiais.

Os dados mostram ainda que entre 17 de julho e 15 de setembro, o número de contratos de dívidas negociadas chega a 1,9 milhão, beneficiando um universo de 1,4 milhão de clientes bancários.

O presidente da Febraban, Isaac Sidney, destaca que “os bancos estão diretamente envolvidos na concepção e no desenvolvimento do Desenrola desde o início e o programa cumpre papel essencial no momento delicado das finanças das famílias brasileiras, ao procurar reduzir dívidas da maior quantidade possível de pessoas”, disse.

As instituições financeiras retiraram as anotações negativas (desnegativaram) de cerca de 6 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100.

Entenda como funciona

O Desenrola prevê, nesse primeiro momento, a renegociação para os devedores da faixa 2, ou seja, aqueles com renda mensal de até R$ 20 mil. Sem a restrição no nome, eles poderão voltar a pegar crédito ou fazer contratos básicos, como aluguel. Segundo a portaria da Fazenda, os bancos terão até 30 dias para retirar os nomes dos inadimplentes dos serviços de proteção ao crédito.

A dívida, no entanto, não será perdoada: ela continuará a existir, mas não deverá mais ser considerada para registrar restrição no nome do devedor. Na prática, se a pessoa não tiver outras dívidas inscritas no cadastro negativo, fica com o "nome limpo" e pode voltar a comprar a prazo, contrair empréstimo ou fechar contrato de aluguel, por exemplo. Esse compromisso foi um pré-requisito estabelecido pelo governo para que os grandes bancos pudessem participar do Desenrola.

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