O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 1,3 ponto entre agosto e setembro e passou de 53,2 pontos para 51,9 pontos. De acordo com a pesquisa, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta quinta-feira (14/9), o indicador interrompeu quatro meses consecutivos de avanço com o resultado.
O índice se encontra abaixo da média histórica de 54,1 pontos, mas, apesar da queda, segue acima da linha divisória de 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. A pesquisa avalia duas variantes, de perspectivas atuais e expectativas para o futuro.
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O resultado foi atribuído, principalmente, pela avaliação mais negativa do empresário industrial em relação à economia brasileira. O Índice de Condições Atuais, que mostra a avaliação sobre o momento econômico, manteve-se estável em 47,3 pontos.
Segundo a economista Larissa Nocko, da CNI, ao permanecer abaixo da linha divisória dos 50 pontos, esse dado demonstra percepção de piora das condições atuais da economia brasileira e das empresas. “A avaliação das condições atuais segue no campo negativo desde janeiro de 2023. No entanto, essa avaliação tinha melhorado nos últimos meses e se mostrava gradativamente menos negativa. Mas esse progresso foi interrompido em setembro”, explicou.
O Índice de Expectativas caiu 2 pontos, para 54,2 pontos. O indicador mede a percepção do empresário para os próximos seis meses em relação à economia e à empresa. A previsão positiva para a própria empresa foi o que manteve as expectativas gerais positivas, embora o índice tenha passado de 58,6 pontos, em agosto, para 57,2 pontos, em setembro.
Pessimismo
Já as expectativas sobre a economia brasileira se deterioraram e o índice fez a transição do otimismo para o pessimismo para os próximos seis meses, com queda de 51,5 pontos para 48,2 pontos. “As expectativas, que também vinham se tornando mais positivas, se tornaram mais moderadas em setembro. Esse movimento reverte uma parte do avanço de agosto, mês que foi impactado, entre outros fatores, pelo primeiro corte da taxa básica de juros e, agora, passa por um momento de acomodação”, pontuou a economista.
Para a pesquisa foram consultados 1.494 empresários, entre 1º e 11 de setembro de 2023.
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