Um dos itens mais controversos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45/2019, que trata da reforma tributária, o Conselho Federativo, órgão responsável por gerir o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), deve se transformar em um comitê gestor, com formato técnico, a exemplo do que já ocorre a gestão do Simples Nacional. Quem defende a ideia, é o senador Eduardo Braga (MDB-AM), relator da PEC 45/2019 no Senado Federal.
Durante audiência pública da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), realizada nesta quarta-feira (13/9) e que debateu a governança do Conselho Federativo, Braga contou que ainda pretende ouvir os vários setores e entes federativos, mas ele acredita que esta será a saída conciliatória para o órgão, diante da manifestação de vários colegas que pediram a exclusão do conselho do texto da reforma.
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“Tenho procurador ouvir a todos, não só em relação ao Conselho Federativo, mas também sobre outros temas da emenda constitucional. Estamos fazendo uma reforma muito grande, que mexe com 80% das receitas estaduais e municipais. E mexe também com 30% das receitas da União. É muita coisa”, disse o senador ao comentar que prefere não antecipar suas decisões, mas afirmando que a mudança desse item é uma hipótese.
Em conversa com jornalistas, após a audiência, Braga afirmou que se tornou “impraticável” a manutenção do calendário, que previa apresentação do relatório na CCJ no dia 27 de setembro e sua votação em 4 de outubro. No novo cronograma, a apresentação será no dia 4 de outubro, com votação em 18 do mesmo mês. A previsão ainda é de que, até o final de outubro, a PEC 45/2019 seja aprovada em plenário da Casa.
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