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Pequenas empresas serão alvo de estímulo do Mdic para exportação

Ações que simplifiquem e desburocratizem o comércio exterior, como o Portal Único de Comércio Exterior, são a aposta do ministério para estender o crescimento das exportações

Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério de Indústria e Comércio, é a entrevistada do CB.Poder de hoje. -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério de Indústria e Comércio, é a entrevistada do CB.Poder de hoje. - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
postado em 13/09/2023 19:18 / atualizado em 21/09/2023 14:52

Ao mesmo tempo que o número de exportações de produtos brasileiros foi recorde, este ano, para o período entre janeiro e agosto, a radiografia do comércio exterior brasileiro, realizada pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostrou que menos de 1% das empresas nacionais exportam. Ao CB.Poder — parceria entre o Correio e a TV Brasília — desta quarta-feira (13/9), a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, explicou que o objetivo do ministério é estender esse momento positivo e oportuno a um número maior de pequenas empresas que estejam preparadas para ingressar no comércio exterior, ampliando a base exportadora do Brasil pela Política Nacional da Cultura Exportadora (PNCE).

Essa política visa fazer com que mais produtores brasileiros possam desfrutar dos benefícios de se realizar comércio exterior. Segundo a secretária, o estudo realizado pelo MDIC indicou que empresas que realizam exportações oferecem melhores remunerações a seus colaboradores se comparadas às que não exportam, além de serem mais produtivas e longevas.

“O objetivo é levar o comércio exterior Brasil adentro, ou seja, fazer com que mais comunidades do Brasil se beneficiem de mercados externos e das oportunidades associadas a vender para outros países. Nós identificamos que as empresas que exportam remuneram melhor os seus empregados, em comparação com aquelas que não exportam, elas são mais inovadoras, são mais produtivas e mais longevas, elas resistem a maiores dificuldades. Portanto, levar cultura exportadora Brasil adentro nos mobiliza”, afirmou.

Portal para auxiliar empresas

Reconhecido como um dos alvos prioritários de investimentos dentro do Novo PAC (Programa de Aceleração ao Crescimento), o Portal Único de Comércio Exterior foi citado por Prazeres como o principal meio de acesso para as empresas que desejam adentrar o comércio exterior. Ela explicou que o portal, sendo o ponto de contato entre essas empresas e os órgãos do governo, age para simplificar e desburocratizar o comércio exterior.

“O portal único de comércio exterior é essa interface única entre o exportador importador e os diferentes órgãos de governo que podem atuar na exportação ou na importação. Em função da digitalização, ele permite ganhos muito significativos para quem opera no comércio exterior O ministro do desenvolvimento e vice-presidente, Geraldo Alckmin, tem muito apreço por essa agenda da desburocratização e facilitação de comércio", detalhou.

"Então, em função do portal nós conseguimos lançar, por exemplo, o que nós chamamos de Licença Flex. (...) A ideia é fazer com que haja um canal exclusivo para o diálogo, para a interface, para as autorizações com o governo federal. Isso permite uma redução de custos enorme. (...) O portal único é realmente revolucionário em termos de simplificação e desburocratização de comércio”, explicou.

Elas Exportam

Prazeres contou que, dentre os 1% de empresas brasileiras que exportam, somente 14% são lideradas por mulheres, número que atinge 24% quando contabilizadas somente as de pequeno porte. Frente a isso, o MDIC criou o Elas Exportam, um programa de mentoria em que mulheres que já atuam no comércio exterior podem ajudar como mentoras de outras que ainda pretendem adentrar nesse meio, com o objetivo de diversificar a presença brasileira nesse mercado.

“Lançamos um programa de mentoria no comércio exterior para mulheres. Se chama Elas Exportam e a ideia é fazer com que mulheres que já atuam no comércio exterior — seja porque lideram empresas que exportam ou porque atuam em áreas de comércio exterior dentro das exportadoras — sejam mentoras, atuem como mentoras de empresas lideradas por mulheres que ainda não conhecem o Caminho das Pedras. Ou seja, qual é a experiência, quais as ferramentas, quais as dificuldades, como superá-las etc. e nós ficamos muito surpresos com um interesse muito grande, tanto para que mulheres atuem como mentoras como para que atuem como mentoradas. Esse é um desafio que nós abraçamos com gosto”, defendeu.

*Estagiário sob supervisão de Talita de Souza

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