FINANÇAS

Poupança registra saída líquida de R$ 10,1 bi em agosto, diz BC

No mês passado, os depósitos somaram R$ 321,6 bilhões, enquanto as retiradas totalizaram R$ 331,7 bilhões. Segundo o BC, houve queda na comparação com o mesmo mês do ano passado

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, as retiradas superaram os depósitos na poupança em R$ 80,3 bilhões -  (crédito: Reprodução/Freepik)
No acumulado de janeiro a agosto deste ano, as retiradas superaram os depósitos na poupança em R$ 80,3 bilhões - (crédito: Reprodução/Freepik)
Rafaela Gonçalves
postado em 08/09/2023 18:04 / atualizado em 08/09/2023 18:11

A caderneta de poupança registrou nova saída líquida de recursos em agosto. Os saques superaram os depósitos em quase R$ 10,1 bilhões no último mês, de acordo com os dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (8/9). Este é o segundo mês consecutivo de saques líquidos, em julho houve a retirada de R$ 3,5 bilhões.

No mês passado, os depósitos somaram R$ 321,6 bilhões, enquanto as retiradas totalizaram R$ 331,7 bilhões. Segundo o BC, houve queda na comparação com o mesmo mês do ano passado, quando as saídas líquidas de recursos da poupança somaram R$ 22 bilhões, maior valor registrado desde o início da série histórica.

No acumulado de janeiro a agosto deste ano, as retiradas superaram os depósitos na poupança em R$ 80,3 bilhões. Foi o segundo maior valor já registrado no período para uma saída líquida de recursos.

Apenas o mês de junho teve resultado positivo, no acumulado do ano, quando registrou saldo líquido de R$ 2,59 bilhões. O estoque dos valores depositados, ou seja, o volume total aplicado, alcançou R$ 969,1 bilhões em agosto.

Considerando o rendimento de R$ 6,3 bilhões, o saldo total da caderneta somou R$ 969,1 bilhões ao final do mês. A retirada de recursos acontece ainda em um cenário de juros elevados, apesar do corte da Selic anunciado pelo Banco Central no início de agosto. A taxa básica da economia passou de 13,75% para 13,25% ao ano.

A aplicação vem perdendo recursos em série desde 2021, afetada pela inflação elevada, o endividamento das famílias e os juros altos. Em 2022, o saldo foi negativo em R$ 103,2 bilhões, o pior ano na história da poupança, cuja série foi iniciada em 1995.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação