A fila de espera do INSS pela concessão de benefícios diminuiu. Foi o que afirmaram, ontem, o ministro da Previdência, Carlos Lupi, e o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto. Conforme disseram, aproximadamente 103 mil pessoas foram beneficiadas. A melhora do indicador foi de 5,7%, depois de um mês do programa de pagamento de bônus aos servidores — que ampliaram as jornadas de trabalho para análise das solicitações.
Mesmo com a redução, ainda há na fila em torno de 1,7 milhão de pessoas, número que Lupi e Stefanutto admitem ainda ser muito elevado. Eles ponderam, porém, que cerca de 250 mil filiados tiveram os processos analisados, mas não avançaram por ausência dos documentos requeridos para as concessões de benefícios.
A redução na fila foi atribuída ao ganho em produtividade conseguido pelo pagamento do bônus aos servidores, que além dos turnos de trabalho, atuaram no atendimento da análise de mais solicitações da fila. O presidente do INSS reforçou a confiança em uma redução ainda maior da fila para os próximos meses, sobretudo porque os beneficiários que caíram em exigência deverão apresentar os documentos requeridos para que os processos andem.
No primeiro mês do programa, mesmo com a ampliação das solicitações, o INSS conseguiu analisar um número de pedidos 122% maior. "Os servidores, que já vinham batendo 100% do que entrava, chegaram em 122% daquilo que entrou. Ou seja: entraram menos requerimentos do que saíram analisados, 22 pontos percentuais a mais", explicou Stefanutto.
O mutirão pela redução da fila obteve adesão até mesmo dos médicos peritos. Segundo o secretário do Regime Geral de Previdência Social, Adroaldo da Cunha Portal, diferentemente do anunciado pela Associação dos Médicos Peritos, mais de 17% dos servidores do setor se uniram ao esforço de reduzir a fila de espera do INSS.
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