O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse, nesta terça-feira (22/8), que ainda que a inflação brasileira tenda a subir até o final do ano — devido a um efeito estatístico — é preciso perseverar o combate à alta dos preços. Ele destacou que a inflação de serviços está começando a dar sinais de arrefecimento, mas que está longe do ideal.
“A batalha contra a inflação não está ganha. Temos que persistir e por isso adotamos a linguagem na comunicação de que os juros ainda precisam ser restritivos", afirmou, durante participação em evento do Santander em São Paulo.
Campos defendeu a condução da política monetária, ao apontar que, quando a queda de juros é feita com credibilidade, há um afrouxamento das condições financeiras antes mesmo do início efetivo dos cortes nos juros, já que o mercado costuma antecipar o processo. “A mensagem é tentar fazer um pouso suave, trazer a inflação para baixo, com o mínimo custo para a sociedade”, enfatizou.
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O chefe do BC disse que está satisfeito com a mensagem da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do banco, ao apontar que os juros ainda precisam ser restritivos. Para ele, o Brasil conseguiu fazer a inflação cair com freio no crédito bem menor que em vários países.
O dirigente apontou ainda que o processo de precificação da curva de juros dos Estados Unidos nos últimos dias tem gerado pressão sobre os mercados emergentes. “A taxa está em 5,38%. Isso está gerando pressão sobre o mundo emergente. Vemos créditos americanos pagando 6,5%, 7%, e essa é uma taxa que faz com que o dinheiro acabe retornando”, avaliou.
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