Arcabouço Fiscal

Haddad garante que reforma ministerial não vai afetar votação do arcabouço

Após conversa com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o ministro da Fazenda disse que as discussões não devem interferir na votação da nova regra fiscal, que, de acordo com ele, pode acontecer já na próxima semana

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira (2/8) que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que as discussões da reforma ministerial não devem interferir na votação da nova regra fiscal. Segundo ele, a votação pode acontecer já na próxima semana.

“Eu perguntei para ele [Lira] e ele falou: olha, não tem nada a ver arcabouço fiscal com mexida em ministério, absolutamente, não tem nada a ver uma coisa com a outra. Nós sabemos que nós temos aí o compromisso de votar o arcabouço até em virtude do fechamento do orçamento, não tem como mandar o orçamento sem a nova regra fiscal aprovada e estamos todos conscientes disso”, disse a jornalistas.

Na véspera, o presidente da Câmara havia comunicado o adiamento da votação do novo arcabouço fiscal para o final de agosto. A decisão foi tomada durante reunião com lideranças partidárias da Casa, interlocutores afirmaram que Lira quer aguardar o desfecho da reforma ministerial, de olho na abertura de espaço do governo para seu partido.

O novo marco para as contas públicas precisa ser votado até o fim de agosto para ser usado como base para o Orçamento do próximo ano. “Provavelmente ele deve chamar uma nova reunião com os líderes para discutirmos os dois projetos, o da Câmara e o do Senado, falarmos com o relator da Câmara que vai levar a plenário a palavra final, depois de ouvir todas as ponderações e reivindicações. E nós devemos ter aí nos próximos dias o arcabouço votado, talvez na semana que vem ainda”, disse Haddad sobre a conversa com Lira.

Segundo o ministro, o presidente da Câmara não se comprometeu com prazos, porque precisa conversar com líderes partidários: “Mas ele falou que não vai esperar nada. Não tem nenhum constrangimento em relação ao governo, não está esperando nenhuma ação do governo para votar.”

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