A nova edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançada em 11 de agosto, promete investimentos vultosos em todo o país. Em todas as 27 unidades da Federação, a quantia aplicada para obras e serviços deverá alcançar R$ 1,7 trilhão em quatro anos. A divisão de fontes para o custeio do programa prevê que R$ 371 bilhões serão provenientes do Orçamento-Geral da União (OGU). Além disso, R$ 343 bilhões virão de empresas estatais, R$ 362 bilhões de financiamentos e R$ 612 bilhões do setor privado.
Para o Distrito Federal, a expectativa é que R$ 48 bilhões sejam investidos em obras e serviços da região ainda em 2023. Segundo o governo federal, algumas obras, como a expansão do Metrô em Ceilândia; a implantação do BRT Norte, ligando Plano Piloto e Planaltina; a adequação da BR-080, que ligará Brasília, ao município de Ribeirão Cascalheira, em Mato Grosso; e moradias do programa Minha Casa, Minha Vida, terão prioridade na alocação dos recursos no PAC.
Área Social
Além de obras em infraestrutura, o governo federal destaca ações voltadas à saúde no Distrito Federal. Entre janeiro e julho de 2023, o programa Mais Médicos alocou 48 profissionais no DF, o que fez com que o número de médicos em atividade, pelo programa, chegasse a 117 — oito a mais na comparação com 2015. Até o fim de 2023, o governo promete um adicional de 81 médicos.
Na educação, 485,3 mil alunos foram atendidos em 757 escolas, com o repasse de R$ 36,2 milhões do governo federal entre janeiro e julho. Também há a expectativa para retomada de obras paralisadas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Em relação aos programas sociais, o governo destaca o investimento de mais de R$ 117,4 milhões no Bolsa Família, que repassou, em média, R$ 695,09 a cada uma das 168,6 mil famílias do DF que estão cadastradas no programa. Outro destaque vai para o Auxílio Gás, que transferiu R$ 4,8 milhões a 44,7 mil famílias, até junho.
No lançamento do programa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que seu governo começava naquele dia. “O PAC é o começo do nosso terceiro mandato”, disse o presidente em 11 de agosto, que ainda destacou: “Eu digo que tem três palavras-chave: credibilidade, estabilidade e previsibilidade. É importante que os empresários tenham clareza que aquilo que for resultado dos ganhos que fizemos acontecer, temos que dividir com a população”.
Izalci destaca importância do turismo
Em contrapartida, outros investimentos ainda são aguardados pela população brasiliense. Um dos representantes do DF no Senado, Izalci Lucas (PSDB) acredita que ainda falta um olhar mais cuidadoso para o turismo na região. “Grande parte da população de Brasília nem sequer conhece o Plano Piloto. Muita gente das regiões administrativas nunca vieram para a Esplanada. Então a gente tem que dar um exemplo urgente”, afirmou.
* Estagiário sob a supervisão de Odail Figueiredo
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