Regra fiscal

Haddad: "Não há arestas" em negociação do arcabouço com Lira

Na terça, o ministro havia dito que a Câmara "está com poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo". Fala desagradou Lira e outros congressistas

Segundo Haddad, as falas sobre o poder da Câmara não foram uma crítica à atuação dos deputados  -  (crédito:  Diogo Zacarias/Ministerio da Fazenda)
Segundo Haddad, as falas sobre o poder da Câmara não foram uma crítica à atuação dos deputados - (crédito: Diogo Zacarias/Ministerio da Fazenda)
Rafaela Gonçalves
postado em 17/08/2023 16:40 / atualizado em 17/08/2023 16:42

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, minimizou o desconforto com os líderes e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e disse confiar na aprovação do novo arcabouço fiscal na próxima semana. A declaração vem logo após mais um adiamento da reunião para tratar da votação do projeto, que ficou para a próxima semana.

“Não tem arestas, está tudo resolvido. O presidente Lira é um homem responsável e disse que vai pautar. Temos um novo marco fiscal elogiado no mundo inteiro, muito negociado. Trabalhamos internamente três meses com a área econômica, o presidente Lula validou, a Câmara fez várias alterações pactuadas conosco, e vai sair um bom marco fiscal”, disse a jornalistas nesta quinta-feira (17/8).

Na terça-feira, o ministro havia dito que a Câmara dos Deputados “está com poder muito grande e não pode usar esse poder para humilhar o Senado e o Executivo”. A fala desagradou Lira e outros congressistas, mas, segundo Haddad, não foi uma crítica à atuação da Câmara.

As discussões serão retomadas na próxima segunda-feira (21). Segundo o relator da proposta, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), o texto poderá ser votado na semana que vem ou na última semana do mês, data próxima do limite previsto para o governo enviar o Orçamento ao Congresso, no dia 31.

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