Inflação

Dia dos Pais: presentes registram alta acima da média da inflação

Entre os itens que acumularam as maiores altas estão livros e perfumes, ambos com alta de 8,3%; e roupas e restaurantes, acumulando altas de 5,5% e 5,3%, respectivamente

Rafaela Gonçalves
postado em 09/08/2023 16:43
A cesta de presentes e serviços relacionados à data está 4,1% mais cara em relação ao ano passado -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
A cesta de presentes e serviços relacionados à data está 4,1% mais cara em relação ao ano passado - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

Os preços de produtos e serviços procurados no Dia dos Pais subiram mais que a inflação média apurada. É o que apontou o Índice de Preços ao Consumidor, medido pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A cesta de presentes e serviços relacionados à data está 4,1% mais cara em relação ao ano passado, a alta fica acima do acumulado de 12 meses da inflação média, 2,8%.

Entre os itens que acumularam as maiores altas são livros e perfumes, ambos com alta de 8,3%; e roupas e restaurantes, acumulando altas de 5,5% e 5,3%, respectivamente. Já entre os itens que ficaram mais baratos estão computadores (-4,3%) e celulares (-2,6%).

Segundo o coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, apesar dos itens tecnológicos terem registrado ligeira queda de preços, em razão da desvalorização do dólar nos últimos meses, o nível de preços de um celular ou de uma TV supera muito o patamar dos preços de um livro, destaque de alta nesta pesquisa.

“Por isso, nem sempre o produto que ficou mais barato deve ser escolhido como presente. Isso dependerá da disponibilidade financeira da família, que poderá optar por um almoço, por exemplo, cujo nível de preços é mais baixo, mesmo com os serviços de restaurantes subindo em média, 5,3%”, explicou Braz.

A estimativa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é de que o volume de vendas no Dia dos Pais seja de R$ 7,67 bilhões, um crescimento de 2,2% em relação ao ano passado. A data é a quarta mais importante para o comércio, atrás apenas de Natal, Dia das Mães e Dia das Crianças.

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