O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) lançam, nesta segunda-feira (7/8), em Belém (PA), a Coalizão Verde, que conta com 20 bancos de desenvolvimento, brasileiros e internacionais, além do BID e BNDES. A iniciativa busca promover o desenvolvimento sustentável da região amazônica.
Serão destinados US$ 900 milhões, o que equivale a R$ 4,5 bilhões para microempreendedores individuais (MEI), pequenas e médias empresas da Amazônia Legal brasileira. Inicialmente, o recurso deve ficar para Belém (PA), que se prepara para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-30), em 2025.
“Essa iniciativa, seguramente, vai ajudar a fomentar a economia local e, inclusive, aqui no caso do Pará e de Belém, na preparação da COP”, afirmou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
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O presidente do BID, Ilan Goldfajn, destacou a importância do desenvolvimento sustentável da região amazônica. “O desafio que temos hoje na Amazônia é um desafio que precisa de todo mundo, precisa de todos os países, precisa dos bancos públicos, precisa integrar não só a questão do desmatamento, mas também a bioeconomia. E não há nada mais forte do que financiar pequenas e médias empresas, às vezes até indivíduos que não têm crédito e que precisam de crédito. Então, essa parceria, essa Coalizão Verde é muito importante”.
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, por sua vez, defendeu o fim da burocracia para financiamento de bancos. “É possível acabar com a polarização entre meio ambiente e desenvolvimento. O que nós queremos e conseguimos garantir é desenvolvimento sustentável, é o que nós queremos para a Amazônia Legal”.
A iniciativa compõe o programa Pró-Amazônia, que tem a previsão de começar em 2024. O financiamento inclui um empréstimo de US$ 750 milhões do BID, com US$ 150 milhões do BNDES, para implementar o programa por meio de agentes financeiros credenciados.
Pequenas e médias empresas correspondem a 99% dos negócios instalados no Brasil, representam 27% do Produto Interno Bruto (PIB) e empregam 46% do total de trabalhadores, principalmente no setor de serviços.
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