CRÉDITO

Programa Desenrola limpa o nome de 4,8 milhões de devedores

Segundo o balanço divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o volume financeiro de dívidas renegociadas mais que dobrou em relação às duas semanas anteriores do programa

Rafaela Gonçalves
postado em 07/08/2023 11:44 / atualizado em 07/08/2023 11:55
As instituições financeiras retiraram da negativação cerca de 4,8 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 -  (crédito:  José Cruz/Agência Brasil)
As instituições financeiras retiraram da negativação cerca de 4,8 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100 - (crédito: José Cruz/Agência Brasil)

Na terceira semana de vigência do programa de renegociação de dívidas Desenrola Brasil, a renegociação de dívidas alcançou R$ 5,4 bilhões em volume financeiro, em 905 mil contratos de dívida. Segundo o balanço divulgado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) nesta segunda-feira (7/8), o montante mais que dobrou em relação às duas semanas anteriores.

Nesse mesmo período, as instituições financeiras retiraram da negativação cerca de 4,8 milhões de registros de clientes que tinham dívidas bancárias de até R$ 100. Até a segunda semana do Desenrola, o registro era de 3,5 milhões de registros baixados. Esse balanço não inclui baixas de registros de outros credores não bancários.

Para o presidente da Febraban, Isaac Sidney, a adesão expressiva da população ao Desenrola comprova o interesse da sociedade e das famílias brasileiras em regularizar sua situação econômica. “Reduzir o número de consumidores negativados e ajudar milhões de cidadãos a diminuírem seu endividamento terá um efeito bastante positivo para a economia brasileira”, afirmou.

Até o momento, o programa é válido apenas para a Faixa 2, destinada aos que têm renda mensal média acima de dois salários mínimos até R$ 20 mil. A próxima etapa, que será iniciada em setembro, será destinada a Faixa 1, de brasileiros com renda de até dois salários mínimos, ou inscritas no Cadúnico do governo federal. A adesão ao programa vai até dia 31 de dezembro.

“A Febraban esclarece que cada banco tem sua estratégia de negócio, adotando políticas próprias para adesão ao Programa. As condições para renegociação das dívidas, nessa etapa, serão diferenciadas e caberá a cada instituição financeira, que aderir ao programa, defini-la”, destacou a federação em nota.

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