A balança comercial brasileira de julho, divulgada na tarde desta terça-feira (1º/8) pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apresentou superavit de US$ 54 bilhões. O dado se refere ao período de janeiro a julho e pode ser explicado pelo aumento das exportações e diminuição de importações realizadas pelo país. Em relação ao mesmo período do ano passado, o dado representa crescimento de 36,6%.
A informação foi apresentada no relatório da balança comercial do mês de julho, que, por sua vez, apresentou superavit de US$ 9,04 bilhões. O valor representa crescimento de 68,7% em relação ao mesmo mês de 2022.
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Setores que puxaram o dado
O documento mostra que, para julho de 2023, as exportações caíram 2,6% em comparação a 2022, totalizando US$ 29,06 bilhões, enquanto as importações tiveram um decréscimo de 18,2%, num total de US$ 20,03 bilhões.
Apesar do crescimento de 1,8% na exportação da indústria agropecuária, somando US$ 6,84 bilhões, a diminuição do total exportado foi puxada pela retração de 2,6% na indústria extrativista, somando US$ 6,45 bilhões, e pela queda de 4,9% na indústria de transformação, somando US$ 15,62 bilhões.
A queda total das importações foi puxada, principalmente, pela retração de 24,9% nas importações agropecuárias, somando US$ 0,36 bilhões. A diminuição de 18,9% nas exportações da indústria de transformação, que soma US$ 19,09 bilhões, também auxiliou na retração do índice, assim como a queda de 4,1% da indústria extrativista, que alcançou US$ 1,44 bilhão.
Balança comercial acumulada
No acumulado de janeiro a julho de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022, as exportações cresceram 0,4% e somaram US$ 194,74 bilhões. As importações apresentaram queda de 8,9%, totalizando US$ 140,64 bilhões. Esses resultados implicaram no superavit de US$ 54,10 bilhões apresentado, um crescimento de 36,6%.
Segundo o relatório, o leve crescimento das exportações foi puxado pelo setor agropecuário, que apresentou aumento de 6,1%, somando US$ 49,90 bilhões. O resultado balanceou as quedas sofridas pelo setor extrativista mineral, que sofreu queda de 3,8%, somando US$ 41,59 bilhões, e pelo setor de indústria de transformação, que sofreu queda de 0,8%, somando US$ 102,02 bilhões.
Já a diminuição nas importações foi puxada, também, pela indústria agropecuária, que apresentou queda de 19,5%, somando US$ 2,66 bilhões, assim como pela indústria extrativista, com retração de 23,6%, somando US$ 10,3 bilhões; e pela indústria de transformação, com queda de 7,%, alcançando US$ 126,79 bilhões.
*Estagiário sob supervisão de Mariana Niederauer
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