O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou queda de 0,72% em julho, no quarto mês consecutivo de baixa. O indicador, que mede a inflação do aluguel e é usado para reajustar grande parte de contratos do setor, desacelerou o ritmo de baixa frente ao mês anterior, quando recuou 1,93%. Segundo os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV) nesta sexta-feira (28/7), o índice acumula queda de 7,72% em 12 meses, renovando um recorde de deflação da série histórica.
O índice é composto por três indicadores. O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que responde por 60% do índice geral e apura a variação dos preços no atacado, caiu 1,05% em julho, ante queda de 2,73% no mês anterior.
“O IPA continua registrando deflação em seus principais grupos, movimento que permanece influenciando o resultado do IGP. No entanto, a intensidade destes movimentos está arrefecendo, pois importantes matérias-primas brutas começaram a registrar variações positivas ou menos negativas, como o minério de ferro, os suínos e o milho”, destacou o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz.
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Transportes
Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que tem peso de 30% no índice geral, passou a subir 0,11% neste mês, contra queda de 0,25% em junho. A maior contribuição para esse resultado partiu do grupo Transportes, que subiu 0,70%, abandonando queda anterior de 1,68%. Dentro desse segmento, o item gasolina avançou 3,65%, ante baixa de 3,00% no relatório anterior.
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), por sua vez, subiu 0,06% em julho, forte desaceleração contra a alta de 0,85% do mês passado. O IGP-M calcula os preços ao produtor, consumidor e na construção civil entre os dias 21 do mês anterior e 20 do mês de referência.